Jirí Kylián, o coreógrafo checo homenageado do 18.º Festival de Dança de Joinville deixou a marca de seus famosos pés na calçada da fama que fica na porta de entrada do festival. E já tem planos de voltar ao País dentro de dois anos. Enquanto isso, entre outras atividades, o ano que vem ele vai criar uma coreografia para o Balé da Ópera de Paris e para o Gulbenkian Ballet. Kylián fará ao lado de sua esposa, a bailarina alemã Sabine Kupferberg, um trabalho conjunto com o artista plástico japonês Susumo Shingu. Eles vão criar uma coreografia com as crianças da cidade de Fortaleza, no Ceará. Shingu é reconhecido mundialmente pelas esculturas de grande porte, geralmente expostas ao ar livre, criadas em função do movimento do ar, vento, sol. Esta sua obra que virá para o Brasil, Caravana do Vento, vai percorrer, antes, regiões como o deserto do Marrocos, Magnólia, Lapônia, Suécia, Nova Zelândia, entre outros. Kylián parece gostar de experiências inusitadas. Por 25 anos ele foi o diretor do Nederlands Dans Theather, na Holanda, do qual ele é agora consultor e coreógrafo. Além de coreografias que marcaram o cenário da dança contemporênea mundial ele criou três companhias de diferentes faixas etárias dentro do Nederlands Dans Theather, o NDT1, o grupo principal, o NDT2, com bailarinos entre 17 e 22 anos e o NDT3, com mais de 40 anos. Atualmente, quem responde pela direção da companhia é Marian Sarastädt. O coreógrafo que passa as férias no Brasil acompanhando a turnê da companhia portuguesa Gulbenkian Ballet, que apresentou duas de suas coreografias na abertura do festival na quarta-feira, já está em negociações com a diretora da companhia, a brasileira Iracity Cardoso, para criar uma nova coreografia com o grupo. A mais recente, eles estrearam em novembro passado, em Portugal: Stamping Ground, uma das mais famosas coreografias de Kylián, com música do compositor mexicano Carlos Cháves.