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Jazz, choro e alegria em Jericoacoara

Evento se firma na vila litorânea cearense com ótimos shows, encontros e outras surpresas

Por Lauro Lisboa Garcia
Atualização:

O bom êxito do primeiro festival Choro Jazz Jericoacoara, em dezembro de 2009, criou grandes expectativas em relação à 2.ª edição, que tomou lugar em Jeri durante cinco dias (com oficinas diversas), noites (shows na praça central) e madrugadas (rodas de choro e samba e bailes de forró) da semana passada. Vários músicos que tocaram em 2009 - entre eles Arismar do Espírito Santo, Alessandro Penezzi e Maurício Carrilho - voltaram para dar aulas e várias canjas. O evento começou como terminou o anterior, com grande festa de big band, desta vez a Banda Mantiqueira.Passados os percalços - este ano o desconforto maior foi o cancelamento de voos da TAM, provocando longas horas de espera e atrasos no traslado dos músicos -, não há quem não se encante com o local e a ideia do evento ali. Os gaúchos Luiz Carlos Borges e Yamandú Costa foram dos mais entusiasmados, elogiando o festival como incentivo para que a gente se sinta brasileiro "de forma decente". Borges disse que de todos os festivais em que tocou no mundo este é o mais "original e importante". Dori Caymmi não foi menos enfático e, depois de emocionar a plateia ao lado de Renato Braz, com lindas canções praieiras de seu pai, Dorival, pediu à população e aos turistas que preservem o local, evitando que se transforme numa Copacabana. Ok, apesar do progresso, as áreas naturais continuam preservadas, mas sempre há fumantes que, não contentes em empestear o ar, cravejam suas bitucas na areia.A mudança de local do palco, na parte de baixo da praça, trouxe como consequência a ação do vento persistente que chegou a atrapalhar algumas apresentações. Mas fora isso, o som, a cargo do músico e técnico Pedro Figueiredo, esteve à altura do profissionalismo dos astros.

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