Jane Fonda fala da admiração por nova geração de comediantes

A atriz citou nomes como Tina Fey, Jason Bateman, Adam Driver e Ben Schwartz

PUBLICIDADE

Por MARY MILLIKEN
Atualização:
Jane Fonda Foto: Fred Thornhill/Reuters

Para a atriz Jane Fonda, uma das bênçãos de se envelhecer é que “você aprende o que consegue e o que não consegue fazer”, e ela admite abertamente não ser capaz de improvisos cômicos.

PUBLICIDADE

Jane tem 55 anos de carreira e dois Oscars de melhor atriz na prateleira, o de 1978 por "Amargo Regresso" e o de 1972 por "Klute".

Mas em sua nova comédia, "Sete Dias Sem Fim”, ela ficou maravilhada com a capacidade dos colegas Tina Fey, Jason Bateman, Adam Driver e Ben Schwartz de sair do roteiro.

Fonda falou à Reuters sobre interpretar a mãe animada de uma família problemática, da química com o elenco e de seu novo ator favorito.

P: O que a atraiu no papel de Hilary?

R: Bem, estou com 76 anos e é incomum encontrar uma personagem multidimensional, divertida, atrevida e ainda libidinosa. As pessoas não escrevem muitos tipos de papel como este para mulheres mais velhas.

Gostei do fato de que foi um filme muito bem escrito e com muitas camadas. É engraçado, mas também contundente. Isso não acontece tanto quanto deveria, e estou muito orgulhosa por a Warner Bros ter apoiado um filme como este. Hoje em dia a maioria dos estúdios vai atrás de apostas certas e efeitos especiais, então eu quis que este filme se saísse bem para estimular mais estúdios a fazer filmes parecidos.

Publicidade

P: Como foi a química no set de filmagem?

R: Nós nos demos muito bem. Filmamos em uma casa em Long Island (ilha no Estado de Nova York), simplesmente fomos para lá para trabalhar de manhã e ficamos e nos conhecemos. Não víamos a hora de ir para o trabalho.

P: Você se sentiu a anciã estadista do elenco?

R: Não, eu me senti como uma aluna, porque não consigo fazer o que eles fazem. Não sei improvisar. Improvisei a maior parte de "Amargo Regresso", mas não sei improvisar em comédia. Fiz comédias, como as de Neil Simon, mas você diz as palavras escritas e não improvisa.

PUBLICIDADE

Eles têm um outro dom. Quando o filme terminou, Ben Schwartz me levou ao Upright Citizens Brigade (grupo de comédia de improviso e de esquetes surgido em Chicago em 1990) e tentei. Você tem que ter nascido com esse gene, aí você o lapida e o melhora. Mas se não nasceu, não consegue. Eu não tenho esse tipo de cérebro.

Então, só assisti maravilhada e prestei muita atenção a Adam Driver. Sabe, você pode ficar assistindo àquele cara para sempre e ficar fascinada. Eu o vi uma vez na série 'Girls’, e na primeira leitura coletiva do filme pensei ‘Ah meu Deus, nunca vi isso antes’. Ele é simplesmente único, e é meu novo ator favorito.

P: Você está procurando mais papéis cômicos?

Publicidade

R: Estou fazendo uma série com Lily Tomlin para (o canal de Internet) Netflix que, como este filme, também tem drama.

Adoro fazer comédia. Também adoraria voltar a fazer um drama. Você vai pelo texto. Segue o texto bom. Se está bem escrito, você embarca.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.