19 de novembro de 2010 | 10h33
Ao todo, são 78 textos em que Íris fala numa linguagem simples e dinâmica sobre as alegrias, tristezas e dificuldades comuns à vida de qualquer mulher casada, que se dedique à cuidar dos filhos e do marido. Em entrevista coletiva concedida nesta terça para lançar o livro, Íris falou sobre a época em que escreveu os textos. "É uma espécie de autoajuda para mim mesma. Eu escrevia sobre situações do cotidiano, cuidando de um lar, sendo dona de casa. Só comecei a trabalhar fora nessa época, até então vivi para cuidar das minhas filhas", relembra a autora. Ela ressalta que quase dez anos depois de seu lançamento, os textos continuam atuais. "Os tempos mudam, mas as mulheres não. Continuamos gostando de flores e romance", brinca.
A ideia de republicar as crônicas em forma de livro surgiu depois de uma conversa com a amiga Sílvia Tocci Masini, diretora do núcleo de publicações infanto-juvenis e de lançamentos da Editora Nacional. "Somos amigas há 15 anos, conheço os textos dela há muito tempo. O que ela fala toca a alma das pessoas. A Íris é uma pessoa muito profunda. Decidi ligar para ela em julho deste ano, e a convenci", conta Sílvia.
Entre os assuntos abordados nos textos, a rotina de cuidados com as filhas é recorrente. "Eu me lembro que lia a coluna para saber como ela estava se sentindo naquela semana sobre um assunto ou acontecimento. Levava broncas e recebia muitos conselhos através dos textos", relembra a filha mais velha, Daniela, que assumiu a diretoria do SBT. As alegrias e tristezas do casamento também estão no repertório de Íris, que afirma que o marido Silvio Santos foi o primeiro a parabenizá-la pelo livro novo. "Ele sempre foi o primeiro a ler meus textos, depois eu repassava para as minhas amigas e para minhas filhas", conta a autora.
Ao responder sobre a possibilidade de escrever uma novela sobre sua vida, ela brinca. "Poderia até dar uma série tragicômica, um tanto melodramática", diz, sem perder o bom humor. Para Íris, que enfrentou o sequestro de sua filha Patrícia em 2001, podemos tirar proveito de todas as situações de nossas vidas. "Aprendi a perdoar, e se não tivesse essa postura de olhar pra frente e aprender a perdoar, não teria conseguido passar por todas as dificuldades que enfrentei", afirma a autora. Animada com a carreira, ela já pensa no próximo livro. "Com certeza vai ser alguma coisa para crianças ou adolescentes. Sempre gostei de trabalhar com crianças, e gostava de ensinar". As informações são do Jornal da Tarde.
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