Ingressos para ‘A Entrevista’ se esgotam nos EUA após polêmica

Filme estreou em um pequeno número de cidades do país; Seth Rogen surpreendeu o público e foi a uma sessão em Los Angeles

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

LOS ANGELES - A Entrevista, o filme da Sony sobre uma conspiração ficcional para assassinar o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, estreou em sessões em um pequeno número de cinemas norte-americanos neste dia de Natal, atraindo pessoas que disseram apoiar a decisão do estúdio de resistir aos esforços para censurar a comédia de baixo orçamento. 

A Sony havia cancelado o lançamento depois que a empresa se tornou alvo do mais destrutivo ciberataque já feito contra uma empresa nos Estados Unidos; Os EUA acusaram a Coreia do Norte peloataque Foto: Reuters

PUBLICIDADE

Seth Rogen, que estrela o filme junto com James Franco, e o co-diretor Evan Goldberg surpreenderam o público ao comparecerem à sessão lotada de 0h30 de um cinema de Los Angeles, onde eles de forma breve agradeceram aos fãs pelo apoio. 

Do lado de fora do cinema, as pessoas, que bebiam cidra quente enquanto esperavam o início do filme, disseram ter ido à sessão para apoiar a liberdade de expressão e escolha. 

Os planos para lançar o filme de US$ 44 milhões geraram uma reação em cadeia na semana passada. Inicialmente, a Sony cancelou o lançamento depois que a empresa se tornou alvo no mês passado do mais destrutivo ciberataque já feito contra uma empresa nos Estados Unidos. 

Os Estados Unidos acusaram a Coreia do Norte pelo ataque. 

O filme, que está passando em cinemas de grandes áreas metropolitanas e também em cidades menores, traz Rogen e Franco como jornalistas que são recrutados pela Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) para matar o líder norte-coreano. 

Importantes redes de cinemas haviam se recusado a lançar o filme depois da ameaça de ataques feitas por hackers. As sessões marcadas para os cinemas norte-americanos não incluem as grandes redes. 

Publicidade

A gigante do entretenimento recuou depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, políticos democratas e republicanos e figuras de Hollywood, como o ator George Clooney, mostraram-se preocupados de que Hollywood estava abrindo um precedente para a autocensura. 

O filme estava previsto para estrear em cerca de 320 cinemas pequenos e independentes ao redor dos Estados Unidos nesta quinta-feira, 25. Os ingressos para muitas das sessões se esgotaram um dia antes, uma vez que a polêmica sobre a produção ganhou as primeiras páginas dos jornais./REUTERS

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.