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Ineditismo marca nova edição da Bienal de São Paulo

Por AE
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"Uma Bienal inteligente, mas não bombástica", definiu nesta segunda-feira (03), em coletiva de imprensa, o venezuelano Luis Pérez-Oramas, responsável pela concepção da 30.ª Bienal de São Paulo, que será inaugurada nesta quarta para convidados e na sexta-feira para o público no grande pavilhão projetado por Oscar Niemeyer, no Parque do Ibirapuera. A edição do evento apresenta 2.900 obras de 111 artistas, segundo o diretor-presidente da Fundação Bienal de São Paulo, Heitor Martins. "Essa edição se distingue por seu vigor e ineditismo", afirmou o empresário, completando que 75% dos artistas participantes da exposição possuem trabalhos nunca exibidos. A edição também se espalha por outras instituições da cidade.Na apresentação da mostra para a imprensa, um dos painéis da parte externa do prédio da Bienal, na região destinada à entrada do público, apareceu pichado com iniciais de algum grupo. Como o fantasma da pichação vem rondando as aberturas das Bienais desde 2008 - com as polêmicas pichações nas últimas 28.ª e 29.ª mostras -, deu-se, com o fato, o primeiro sinal de alerta. No início desta tarde, funcionários da instituição já tentaram limpar as letras pichadas."Agora a 30.ª Bienal passa de iminência a experiência", disse Oramas, referindo-se, na verdade, ao título da 30.ª edição, "A Iminência das Poéticas". "Passamos por águas turbulentas e chegamos hoje ao porto", afirmou ainda o curador, desta vez, fazendo a menção à instabilidade pela qual a Fundação Bienal de São Paulo enfrentou no início do ano - em janeiro, a entidade teve suas contas bloqueadas por questionamentos da Controladoria-Geral da União sobre convênios firmados pela Bienal entre 1999 e 2007, mas conseguiu liminar pelo Tribunal Regional Federal de São Paulo para ter seus recursos desbloqueados e realizar a exposição.Heitor Martins afirmou que o orçamento da mostra, de R$ 22,4 milhões, está assegurado. "Tivemos mais de 50 fontes de recursos", contou ele, cuja gestão termina em dezembro. Em comparação com 2009, o evento teve orçamento "20% menor", consumindo R$ 28,3 milhões e recebendo 530 mil visitantes. Martins enumerou que 65% do orçamento (cerca de R$ 15 milhões) foi captado por meio das Leis de Incentivo; 9% são recursos da Prefeitura de São Paulo; 7% do governo estadual; 2% através de serviços; e 17% de fontes privadas.A 30.ª Bienal também tem programada para 2013, a partir de parceria com o Sesc, itinerância de recortes da mostra para cidades de São Paulo. "O número de itinerâncias será menor que em 2011, mas com presenças mais robustas de obras", disse Martins, calculando entre 7 ou 8 exposições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.30ª BIENALPavilhão Bienal - Parque do Ibirapuera. 3ª, 5ª, sáb. e dom., 9 h/ 19h; 5ª e 6ª, 9 h/ 22 h. Grátis. Até 9/12. www.30bienal.org.br. Abertura sexta.

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