09 de novembro de 2012 | 11h17
No entanto, as lentes de Ballen, formado primeiro em psicologia, não convergiram para as macromudanças, e sim para o indivíduo e suas vozes interiores. "Meu trabalho sempre teve uma base psicológica", disse Ballen, em entrevista no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio, horas antes da abertura de sua primeira grande mostra na América Latina, um mês atrás. Desde então, 16 mil pessoas passaram por lá.
"As fotos são afirmações sobre a condição humana, com as quais outras pessoas se identificam, e que as desafiam em diferentes níveis. Não acho que se esqueçam facilmente das minhas fotos. Para ser importante, a arte tem de expandir a mente das pessoas, é esse o seu propósito. De nada valeria fotografar esse lindo pôr de sol do Rio."
Com Transfigurações - Fotografias (1968-2012), em cartaz até 2 de dezembro, o Rio se insere no circuito de cidades que vêm celebrando Ballen em retrospectivas (Nova York, Madri, Oslo, Manchester...)
Motivadas pelos 60 anos do artista, os 40 da produção e a maturidade de seu estilo, elas apresentam um panorama jamais visto das diferentes séries, todas em preto e branco.
No Rio estão oito séries, "pedaços de seu quebra-cabeça", do início da idade adulta aos dias de hoje, nascidas de um artista que nunca teve interesse pela fotografia comercial. "Como artista, você nunca completa o quebra-cabeça. Seria desistir".
MAM - ROGER BALLEN - TRANSFIGURAÇÕES, FOTOGRAFIAS 1968 - 2012.Av. Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Rio, tel. 21 2240- 4944. 3ª a 6ª, 12h/18h. Sáb. e dom., 12h/19. R$ 12 (4ª grátis). Até 2/12
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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