
19 de maio de 2012 | 03h10
ONLY PLACE
Selo: Mexican Summer
Preço médio: US$ 10
BOM
Bethany Cosentino surgiu em 2010, com canções que faziam referência ao grunge e à inocência pop de girl groups sessentistas como Shirelles e Supremes. "Eu gostaria que ele fosse meu namorado, mas em vez disto, ele é só meu amigo", cantava com sua voz flutuante, em meio às reverberações espaçosas de Boyfriend. Foi um hit, e junto ao nome de sua banda, Best Coast, a transformou em uma espécie de Miss California do indie rock (chegou até a namorar Nathan Williams, do grupo de punk praiano, Wavves). Mas mesmo com todo o hype fofo, Bethany encontrou uma maneira de crescer. Volta agora com o disco The Only Place, em que sai de trás da cortina de reverb que a encobria para fazer uma espécie de country alternativo, mais direto e popularesco do que seu trabalho anterior. É uma guinada, ou uma aprimorada corajosa. Bethany poderia facilmente ter agradado a crítica indie com sua receita anterior, mas optou por algo mais clean e objetivo. O resultado deu frutos notáveis, como a melodia de coração partido em Up All Night, ou a de declaração afetiva em How They Want Me to Be. Se às vezes parece uma cantora de pop comum, em outras acerta com sinceridade emocional. / ROBERTO NASCIMENTO
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