Incêndio destrói livros raros na Alemanha

Cerca de 25 mil livros foram destruídos e outros 40 mil foram danificados no incêndio que atingiu uma das mais importantes bibliotecas alemãs

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Por Agencia Estado
Atualização:

Milhares de livros insubstituíveis foram perdidos ou ficaram estragados durante um incêndio em uma das mais importantes bibliotecas alemãs. Apesar disso, seis mil livros históricos, inclusive uma bíblia de 1543 de Martinho Lutero, foram salvos por pessoas que os tiraram das chamas, disseram hoje oficiais alemães. Cerca de 25 mil livros foram destruídos e outros 40 mil foram estragados pela água e pela fumaça, no incêndio que atingiu na noite de ontem a biblioteca Duquesa Anna, de Weimar, situada em um palacete do século 16. A causa do fogo, que começou no último andar, quando a biblioteca já estava fechada, e durou duas horas até que 330 bombeiros pudessem controlá-lo, ainda não foi determinada. Entre as obras destruídas estava uma coleção do século 18 de obras musicais doadas pela duquesa Anna Amalia e a coleção de livros formada pelo primeiro bibliotecário, Daniel Schurzfleisch, que os levou para a biblioteca em 1722, disse o diretor Michael Knoche. Durante o incêndio, funcionários conseguiram passar, de mão em mão, seis mil livros, inclusive a Bíblia de Lutero, e documentos de viagem do naturalista e explorador Alexander von Humboldt, e salvá-los, antes de o telhado ameaçar cair, disse Hellmut Seeman, presidente da Fundação de Clássicos de Weimar. Também é esperado que os volumes danificados pela água sejam restaurados. A biblioteca tem cerca de um milhão de obras em diversos locais de Weimar, apesar de o palacete ser sua sede principal. Sua coleção é concentrada na literatura alemã entre 1750 e 1850. Durante aquele período, o escritor alemão mais aclamado, Johann Wolfgang von Goethe, morou em Weimar, onde sua casa é um ponto de visitação turística. O dramaturgo, poeta e filósofo Friedrich Schiller passou os últimos anos de sua vida em Weimar, onde morreu em 1805. Weimar, a 250 quilômetros a sudoeste de Berlim, foi colocada no centro do mapa cultural da Europa por Anna Amalia e seu filho, o duque Carl August, em meados do século 18. Foi Anna Amalia quem converteu o palacete na biblioteca e a abriu para o público.

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