Impasse: ''ou o maestro ou nós''

Para voltar às fileiras da OSB, músicos pedem a saída de Roberto Minczuk

PUBLICIDADE

Por Roberta Pennafort
Atualização:

Não há mais condições de trabalho com o maestro Roberto Minczuk, avaliam os músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira demitidos por não terem se submetido a uma avaliação de desempenho desenhada por seu regente titular e diretor artístico.Na quinta-feira, eles encaminharam à Fundação OSB, que administra a orquestra, uma contraproposta ao que fora acordado numa reunião na semana passada. O pedido de afastamento de Minczuk, que está no posto desde 2005, é o ponto mais controverso do texto, que será discutido na reunião do conselho curador da orquestra, na segunda-feira. Só então a Fosb deverá se pronunciar sobre o assunto. A orquestra demitiu por justa causa 44 de seus 82 integrantes depois da insurgência de março, para quando estavam marcadas as provas. Uma nova avaliação poderá vir a acontecer caso haja readmissão. Mas esta teria de ser elaborada com a participação dos músicos, pela contraproposta - que é assinada pelos cinco únicos músicos que atenderam ao chamado da Fosb para tentar reverter a crise. Outra questão a ser tratada é a manutenção das promoções conseguidas e a garantia de que a OSB Jovem, de iniciantes, não deixará de ser uma orquestra-escola (até agosto, pela temporada divulgada, o grupo substituiria a OSB, parada desde janeiro). Os instrumentistas também querem discutir o estatuto e o regimento interno da OSB.Em 2008, em meio a outro conflito, os músicos já haviam se recusado a tocar com Minczuk. Reclamavam de suas viagens constantes e da concentração de poder em suas mãos. Na ocasião, alguns chegaram a dizer que nunca mais pisariam no mesmo palco que ele, mas voltaram atrás.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.