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Imigração para o Brasil vira novela do Japão

A imigração japonesa no País vai virar novela do horário nobre no Japão, para comemorar os 80 anos da maior emissora daquele país

Por Agencia Estado
Atualização:

A imigração japonesa para o Brasil vai virar tema de novela das oito no Japão. Para comemorar seus 80 anos, a estatal de comunicações japonesa NHK, que hoje é dona da maior emissora de TV daquele país, começa a filmar neste mês, em São Paulo, uma trama especial, que contará a história da imigração japonesa no Brasil. Em 2003, a chegada dos primeiros nipônicos ao Porto de Santos completou 95 anos. A novela vai ao ar entre agosto e setembro de 2005, em horário nobre, e poderá ser vista pelos brasileiros pela TV paga - DirecTV, Sky e TVA. As gravações começam no dia 22, em uma grande cidade cenográfica montada numa fazenda de Campinas, no interior do Estado. As filmagens ainda percorrerão outras cidades interioranas, como Atibaia, Amparo e Limeira, até chegar ao Mato Grosso. No Japão, palco da outra metade da novela, servirão de cenários as províncias de Hokkaido e Kobe e a capital Tóquio. Por aqui, a produção ficou por conta da empresa Casablanca, a mesma que assina a novela Metamorphoses - que tem um "pé" na Yakuza, a máfia japonesa - e a série Turma do Gueto, ambas da Rede Record. O épico Haru, Natsu e a Carta que Não Chegou: A História da Imigração Japonesa no Brasil foi encomendado pela emissora à maior autora de novelas do Japão, Sugako Hashida. A trama conta a história de duas irmãs, Haru e Natsu, que se separam quando a família decide mudar-se para o Brasil e uma delas fica no Japão. As meninas tentam se comunicar por meio de uma carta, que se perde no caminho. Crescendo separadas, em culturas completamente diferentes, Haru e Natsu só vão se reencontrar 80 anos depois. A autora vai mesclar a história das irmãs à história mundial, relatando os horrores da Segunda Guerra Mundial - que eclode em 1939 e se estende até 1945 -, a derrota das tropas nipônicas e a perseguição sofrida pelos japoneses, italianos e alemães (que formavam o Eixo durante a Segunda Guerra) no Brasil. No Brasil, a escolha dos figurantes mobilizou 980 pessoas ? japoneses ou descendentes -, que compareceram à sede da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (Bunkyo), no último domingo, para testes. Todos os candidatos foram cadastrados e 200 serão selecionados.

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