Ilustres de NY homenageiam García Márquez

Paul Auster e Salman Rushdie homenageiam o autor de Cem Anos de Solidão, considerado o melhor romance dos últimos 50 anos e o texto de caráter mais universal depois da Bíblia

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Por Agencia Estado
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Bill Clinton, Salman Rushdie, Paul Auster e outras personalidades literárias fizeram uma homenagem ao escritor colombiano Gabriel García Márquez, qualificando sua obra Cem Anos de Solidão como o melhor romance dos últimos 50 anos e o texto de caráter mais universal depois da Bíblia. "Todos nós que estamos aqui lendo para vocês esta noite podemos recordar a primeira vez em que lemos García Márques. Isso assinala o quanto foi colossal o impacto de sua obra", disse Rushdie, um dos vários escritores que apresentaram seus trechos favoritos do livro do escritor sul-americano durante o ato, realizado no teatro The Town Hall, no centro de Manhattan, na noite de ontem. O evento marcou o lançamento nos Estados Unidos de Viver para Contar, o primeiro dos três volumes de memórias de García Márquez, que falam com nostalgia das pessoas e lugares que inspiraram obras como Cem Anos de Solidão, O Amor nos Tempos do Cólera e Crônica de uma Morte Anunciada. O ganhador do Nobel de literatura em 1982, que reside a maior parte do ano na Cidade do México, não esteve presente ao ato, mas enviou uma breve declaração de agradecimento, na qual diz que não poderia imaginar um pior momento para celebrar do que esta época perniciosa, marcada pela guerra. "Era algo vívido, fresco e hipnótico, disse Auster, ao assinalar que leu Cem Anos de uma tirada só. "Uma imaginação, uma voz, uma sensibilidade que não se parecia com nada que eu tivesse encontrado". William Kennedy, autor da obra ganhadora do Pulitzer Ironweed, citou a crítica que escreveu há três décadas sobre o livro, dizendo "é a primeira peça de literatura desde o livro do Gênesis, que deve sr a leitura obrigatória para toda a raça humana". O ato começou com uma gravação em vídeo de Clinton, que disse que Cem Anos era o "melhor romance dos últimos 50 anos em qualquer idioma". Depois dele, vários escritores e tradutores como Danticat, Francisco Goldman e José Manuel Prieto, agradeceram García Márquez também por sua influência na formação de uma nova geração de jornalistas ao criar em 1994 a Fundação para um Novo Jornalismo Iberoamericano. John Lee Anderson, autor da biografia de Ernesto ``Che´´ Guevara, entre outros livros, disse que a fundação de García Márquez ajuda também a criar uma nova geração de escritores.

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