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Humor e absurdo tecem trama da peça Déjà Vu

História contada por nove atores, todos formados pelo Teatro-Escola Célia Helena, nasceu de intensas improvisações

Por Agencia Estado
Atualização:

Eles são nove atores, todos formados pelo Teatro-Escola Célia Helena. A partir desta segunda-feira, vão tomar de assalto, nas noites de segunda, o palco do Espaço dos Satyros. Ali apresentam Déjà Vu, sob direção do argentino Fábio Marcoff, espetáculo que é fruto de um intenso processo de improvisações. Marcoff conta terem sido muitas as fontes de estímulo, entre elas, peças como O Jardim das Cerejeiras e Romeu e Julieta, mas com resultado original. "Não é uma comédia, mas tem muito humor, na linha do absurdo", diz Marcoff. A trama gira em torno da paixão de Juliana (Natália Marques) e Valentim, que ostenta o título de campeão mundial do jogo de palitinhos. Talvez por isso, os pais de Juliana, de origem judaica, são contra tal namoro e contratam assassinos de aluguel (Marina Freire e Francisco Bianchi) para eliminar o futuro genro. Quem vai tentar evitar o crime é o detetive Antunes Filho (Daniel Quiyan), cujo ´método´ de trabalho é guiar-se pelas suas sensações de déjà vu (quando alguém sente estar repetindo uma ação já vivida). Por que esse nome? "Estava no inconsciente do ator, saiu na improvisação", diz Marcoff. A busca central do grupo é por uma linguagem própria. "Jamais subestimamos o espectador", diz Marcoff. "Criamos signos. Cabe ao público multiplicar sentidos." Segundo ele, a peça aborda basicamente a miséria humana. "Todos são movidos por sentimentos mesquinhos." Déjà Vu. 75 min. 12 anos. Espaço dos Satyros Um (50 lug.). Praça Roosevelt, 214, Centro, 3258-6345. 2.ª, 20h30. R$ 15. Até 31/7

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