Humanos com cara de humanos

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Por Francisco Quinteiro Pires
Atualização:

"Eu sempre fui considerado a criança do olhar fotográfico", dizia Norman Rockwell. De fato, as ilustrações de Rockwell montaram com o detalhe de uma máquina fotográfica cenas do cotidiano dos Estados Unidos. Durante a 2.ª Guerra Mundial, concebeu quadros como Rosie The Riveter - uma mulher de macacão segurando um sanduíche e pisando em Minha Luta, de Adolf Hitler -, em que o patriotismo sobressaiu. A pintura de 1942 foi vendida por US$ 5 milhões em leilão da Sotheby"s de 2002. Nativo de Nova York, Norman Rockwell nasceu em 3 de fevereiro de 1894. Estudou na National Academy of Design e na Art Students League. O seu primeiro trabalho para o periódico Saturday Evening Post, com o qual colaborou por quase 50 anos, foi realizado em 1916. Ele ganhou fama com ilustrações para veículos de comunicação de massa. No começo da carreira, teve um estúdio em New Rochelle (NY), de onde se mudou para Arlington, em Vermont, com a mulher e os três filhos. Naquela cidade, começou a usar os vizinhos como modelos para as fotografias, guia das suas pinturas. "Eu retrato humanos com cara de humanos", dizia ele. 

 

 

 

 

 

Um incêndio ocorrido no estúdio de Vermont em 1943 destruiu fotografias e ilustrações. Dez anos depois, vai morar em Stockbridge, Massachusetts. Em 1963, começa a trabalhar para a revista LOOK. A influência do artista transcende o mundo da pintura e da ilustração. Spielberg e Lucas. Os cineastas estrelados George Lucas e Steven Spielberg cresceram vendo o trabalho de Rockwell na imprensa. Os dois são donos de obras do artista - certa vez, Spielberg chegou até mesmo a comprar uma pintura roubada. O fotógrafo Jonathan Leder teve o ilustrador como referência cultural quando criou Jacques, revista adulta retrô do Brooklyn. No Brasil, o diretor Zé Henrique de Paula se inspirou em Norman Rockwell para montar, no ano passado, os cenários de Side Man, drama musical do norte-americano Warren Leight. Norman Rockwell morreu em 1978.

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