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Hotéis se rendem à culinária japonesa

Por Agencia Estado
Atualização:

Os restaurantes japoneses há muito deixaram a Liberdade, podem ser encontrados em muitos cantos da cidade e também chamam a atenção em alguns dos hotéis modernos e de luxo, como provam o Kinu, do Gran Hyatt, e o Sumirê, do Hotel Meliá, que ficam quase vizinhos na Avenida das Nações Unidas, a Marginal do Rio Pinheiros. Os dois são bons, muito bem instalados, bonitos e só usam ingredientes de primeira, o que é obviamente importante quando se fala em peixes crus. O Kinu se destaca mesmo e está se firmando como um dos melhores da cidade na especialidade. Um restaurante moderno, com cozinha toda cercada de vidro de um um lado e o sushibar de outro, mesas em reservados junto às paredes e uma sala separada ao fundo. O chef japonês Yassuo Asai, que veio do Matsuri, o restaurante especializado do Hyatt em Santiago, comanda uma cozinha competente e versátil. Nos almoços, ele serve seis opções de "obentos", combinações de vários pratos reunidos em caixas muito bonitas, com diversas divisões e que chegam envoltas em capas de tecido, como o obento mai (atum grelhado com molho tataki, peixe e frango fritos, legumes cozidos, vinagrete de legumes, mini cahwan mushi, uma espécie de pasta de ovo, sushis moldados na mão e envoltos na alga e sopa missoshiru). Os sushis e sashimis agradam. Excelentes os sushis de polvo (R$ 8), de enguia (R$ 18) de atum (R$ 11), de robalo com folha de shissô (R$ 9,55), de pargo (R$ 10), de salmão (R$ 9). Especial, saboroso e bonito o sushi de enguia, com o arroz por fora e coberto com lâminas de abacate (R$ 29). Sushis gostosos, mas caros. Bons os sashimis, entre os quais os de cavalinha importada (paladar forte) e de marisco japonês (de consistência agradável, mas neutro). Quem quiser descobrir a cozinha da casa pode pedir o omakase, uma sucessão de vários pratos, que custa R$ 80. Deliciosos mesmo os pratos do omakase: atum com a superfície grelhada mas interior cru, servido com purê de manga e molho de gengibre, o tempurá de pintado com molho de unagui, a anchova cozida com molho de missô e o mini tirashi-sushi, montado num pequeno pote, com uma base de arroz com o omelete japonês, enguia, ovas e algas em tiras por cima. Merece ser conhecido ainda o saquê chazuke, salmão grelhado picadinho misturado com arroz e umedecido por um caldo de peixe (R$ 18). Original e espetacular o sorvete de gergelim preto com telha também de gergelim e spring rolls de banana envoltas em nozes (R$ 10). O Sumirê tem entrada discreta, uma pequena porta na lateral do grande hall de entrada do Meliá, mas é gostoso, confortável, bem claro, com um belo sushi bar na entrada, lanternas japonesa montadas em madeira clara e duas chapas com tamboretes em volta para preparar grelhados variados na frente dos clientes. Sobre as grelhas, poderosos exaustores. Numa lateral, uma espécie de um terraço interno, dando para a praça de alimentação do Shopping D & D, que fica ao lado do hotel. O sushiman Teódulo Santana trabalha com competência, faz sushis delicados, com pouco sushi (talvez até demais) e ótimos envoltos na alga. Sushi misto também nada generoso. Os pratos preparados na cozinha não demonstraram a mesma competência, apenas bons. Nos dois restaurantes, vinhos adequados para acompanhar alguns pratos, notadamente espumantes, que são ótimos com sushis e sashimis. Kinu - Av. das Nações Unidas, 13.301, tel. 6838-3208. Sumirê - Av. das Nações Unidas, 12.559, tel. 3043-8000

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