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Henrique Bonifácio expõe no Rio

Naturezas-mortas de Henrique bonifácio em grandes dimensões e com profusão de cores serão expostas a partir de amanhã no Rio. São 24 quadros com desenhos sobrepostos que dão movimento incomum ao gênero

Por Agencia Estado
Atualização:

Desde o início do ano passado, o artista plástico Henrique Bonifácio vem pintando naturezas-mortas, todas sem título, em grandes dimensões e com profusão de cores. O resultado desse trabalho vai ser exposto a partir dessa quarta-feira, no Centro de Convenções Empresariais da Bolsa do Rio. São 24 quadros nos quais explora espaços cromáticos e formas misturadas que acabam dando movimento incomum ao gênero abordado. "Meus trabalhos crescem muito em profundidade e pouco no sentido longitudinal. Geralmente, sobreponho vários desenhos, até chegar a um emaranhado de linhas entre as quais escolho qual vou destacar", diz Bonifácio. "Meu processo de trabalho, no entanto, varia muito. Tanto posso elaborar e desenhar primeiro e depois trabalhar na tela como ir direto, deixando fluir interferências interiores e exteriores, num processo muito estimulante." Bonifácio começou a pintar aos 16 anos, mas tem formação acadêmica, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Lá estudou paisagismo, pintou figuras, fez quadros abstratos, mas gostou mesmo foi das naturezas-mortas, com especial preferência por Henri Matisse. "A pintura moderna evoluiu por meio desse gênero, sempre bem-aceito. Mas não pinto pensando em vender ou expor, o que faço é estudar formas e cores para chegar a um resultado que nem sempre sei qual será", diz o pintor. Normalmente, ele se dedica a uma obra de cada vez. "É por isso que minha pintura não é carregada de tinta, não tem muito repasse", ressalta Bonifácio. "Também não quero me prender a uma escola específica, embora tenha minhas preferências e influências. Quanto mais o artista tenta ser pessoal, melhor é sua produção. Assim, ele pode mostrar as próprias características." No caso de Bonifácio, o resultado é acima da média. Na contramão de outros artistas plásticos, tem quadros comprados por várias instituições públicas e um extenso currículo de exposições, desde 1979, quando estreou na galeria Michelangelo, em Niterói, cidade onde mora. Ele conta que não se empenhou especialmente em vender sua obra, mas acredita ter estado no lugar certo, na hora certa. "Fiz muitas exposições no exterior, então tive quadros comprados por embaixadas e consulados brasileiros. Além disso, recebi encomendas de instituições públicas e também ocorreu vender obras para os espaços onde expus", diz. "Creio que essas vendas ocorreram espontaneamente e eu descobri o caminho das pedras."

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