Hebe tem tumor malígno 'muito tratável', diz médico

Apresentadora deve ter alta em breve e poderá voltar ao trabalho quando quiser

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Por Fabiane Leite
Atualização:

Os tumores na membrana que recobre a cavidade abdominal (peritônio), diagnosticados em Hebe Camargo, podem ser eliminados em 60% dos casos só com a quimioterapia, informaram nesta terça, 12, os médicos da apresentadora de 80 anos. Hebe está internada desde sexta-feira à noite no Hospital Albert Einstein, zona sul de São Paulo. Caso o tratamento não funcione, há outras alternativas, destacou o oncologista Sérgio Simon.

 

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"É um tumor maligno, mas, felizmente, muito tratável, responde bem à quimioterapia. O objetivo é curativo, e não paliativo", disse o médico, que completou que não há sinais da doença em outros órgãos. Ele elogiou o estado de saúde da apresentadora. "É de uma pessoa bem mais jovem. É admirável para uma pessoa da idade dela."

 

Hebe deve ter alta em breve e poderá voltar ao trabalho assim que quiser. Ela inicia o tratamento nesta quarta e deverá fazer no máximo oito sessões de quimioterapia, com intervalos de até 21 dias entre elas. Não precisará ficar internada durante a terapia.

 

A apresentadora, que estava em uma unidade semi-intensiva, deveria ir para o quarto comum ainda hoje. Ela já estava se alimentando normalmente, mas preferiu não receber visitas por não estar maquiada nem penteada. "Ela é muito vaidosa e quer estar arrumada", disse o assessor.

 

É provável que a apresentadora, após o fim do tratamento, tenha de passar por uma segunda cirurgia por laparoscopia para retirada de material e nova avaliação. O procedimento realizado no último sábado retirou material para análise e um ovário, já que o tumor estava no peritônio e sobre o órgão. Simon destacou que não foram encontrados sinais de câncer no ovário removido.

 

Hebe, que se sentiu mal em Miami, com dores abdominais, chegou a apresentar quadro de ascite (acúmulo de água no abdome), consequência da doença que causa muito desconforto. A cavidade abdominal foi esvaziada antes da laparoscopia. De acordo com o médico, a busca rápida por ajuda médica evitou sintomas piores. Se os tumores forem eliminados, a apresentadora terá de passar por controle durante alguns anos, informaram os especialistas.

 

Os tumores de peritônio são considerados uma doença "das mulheres", disse o médico e são relativamente raros. A frequência é de 5 casos para cada grupo de 100 mil pessoas. São semelhantes aos cânceres de ovário, só que menos frequentes.

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