19 de junho de 2013 | 09h33
Mais que isso, ao receber nos próximos dois anos nomes como Dieter Roth, Björn Rogh, Micol Assaël, Cildo Meirelles, entre outros, ele pretende se tornar um dos pontos de referência da arte contemporânea na Europa e no mundo. A cidade que o abriga? Paris? Londres? Berlim? Nova York?
Não. Milão. Ou Melhor, o quartiere Bicocca, antigo distrito industrial do nordeste milanês que, com a transformação de uma de suas maiores construções em espaço dedicado à arte, pretende realizar a façanha de se tornar um dos grandes centros de experimentação, criação e difusão da arte do século 21. Nada mal para um lugar cujo nome lembra, na verdade, a ideia de moradia humilde, pequena e mal ajeitada. Bicocca em italiano é sinônimo de barraco, choupana, casebre. O bairro ganhou este nome ainda no século15 por conta da ironia sobre o casarão que a nobre família Arcimboldi ergueu em um terreno elevado da região. Originalmente idealizada para ser uma espécie de fortaleza e/ou castelo, suas proporções modestas mais a faziam ser chamada, ironicamente, de bicocca.
O trocadilho não poderia ser mais distante da atual dimensão do Hangar Bicocca, que no passado abrigou as instalações da Breda, companhia de construção de trens. Hoje, após ser arrendado pela Pirelli (cujo quartel general é em Bicocca), parece ter seu futuro traçado para ter cada vez mais grandes dimensões não só físicas como culturais. Prova disso é que, além dos dados acima, acaba de dar mais um passo em direção ao crescimento.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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