Guinsburg é homenageado por contribuição ao teatro

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Por AE
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Com 40 minutos de atraso, por causa do forte temporal que caiu sobre a capital anteontem, teve início a 21ª edição do Prêmio Shell de Teatro, na Estação São Paulo, em Pinheiros. Apresentada pela atriz Beth Goulart, que ganhou o troféu em 2001 por sua atuação em Decadência, a premiação transcorreu de forma sucinta, sem dar tempo para quaisquer gafes. A homenagem deste ano foi dedicada a Jacó Guinsburg, "pela contribuição ao pensamento crítico do teatro no Brasil", além de ser o responsável pela formação de muitos dos artistas que se encontravam ali.Aos 87 anos e com alguma dificuldade para se locomover, arrancou aplausos ao dedicar o prêmio à Guita, "minha companheira de vida", e a Sábato Magaldi, Anatol Rosenfeld, Décio de Almeida Prado e Maria Teresa Vargas. "Foram pessoas que tiveram na minha vida um papel de muita importância", afirmou humildemente o professor da Universidade de São Paulo.Assim como ocorreu no último dia 11 no Rio, a premiação, que concede um troféu em forma de concha e é esculpido em metal pelo artista plástico Domenico Calabroni, além de R$ 8 mil para cada vencedor, foi dividida em nove categorias: autor, cenário, figurino, iluminação, música, categoria especial, diretor, ator e atriz. Isabel Teixeira, que concorreu com Cácia Goulart (por Bartleby), Paula Arruda (O Céu 5 Minutos Antes da Tempestade) e Denise Fraga (A Alma Boa de Setsuan), venceu na categoria de melhor atriz por sua atuação em Rainha(s) - Duas Atrizes em Busca de um Coração.Na categoria de melhor ator, o júri, formado por Kil Abreu, Valmir Santos, Marici Salomão, Mario Bolognesi e Noemi Marinho, entendeu que dois profissionais deveriam ser premiados, excepcionalmente, pela complementação e impossibilidade de dissociar o trabalho de ambos. Domingos Montagner e Fernando Sampaio, que não puderam comparecer ao evento por estarem viajando, foram premiados por A Noite dos Palhaços Mudos. O diretor Álvaro Assad recebeu o prêmio no lugar da dupla. Confira os demais premiados:Diretor: Marco Antônio Braz, por A Alma Boa de Setsuan;Autor: Marçal Aquino e Marília Toledo, por Amor de Servidão;Cenário: Renato Bolelli Rebouças, por Arrufos;Figurino: Silvana Marcondes, Fernando Sato e Júlio Dojcsar, por O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado;Iluminação: Felipe Cosse e Juliano Coelho, por Aqueles Dois;Música: Josimar Carneiro, pela direção musical de Divina Elizabeth;Categoria Especial: Centro de Pesquisa Teatral (CPT) do Sesc, pelos 10 anos do projeto prêt-à-porter. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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