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Guia dos shoppings: vende-se arte

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO -

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Conforto: compras, livros, filmes e teatro no mesmo prédio. Incômodo: os espaços para exposições de arte recebem qualquer tipo de projeto

 

Lazer em shopping já foi sinônimo de cinema. E só. Mas o pacote ‘segurança, estacionamento e alimentação’ se tornou perfeito para atrair o consumidor de cultura, que ganhou mais opções. Teatros e livrarias estão na cesta básica deste novo público dos centros comerciais, que ficou mais exigente também com as suas velhas salas de cinema.

 

O Guia concedeu o prêmio três sacolinhas a dois shoppings, o Eldorado e o Pátio Higienópolis. Eles têm bons espaços para espetáculos, livrarias megastores e salas de exposição. Com plateia capaz de acomodar 800 espectadores, o Eldorado tem programação teatral de qualidade o ano todo. O shopping tem ainda 7 mil m2 reservados a cursos de teatro, dança de salão, sapateado, flamenco e balé.

 

Empatado com ele está o Pátio Higienópolis, com lojas como a megastore da marca Saraiva. O Teatro Folha, ao lado da praça de alimentação, recebe até 305 pessoas. Em breve, o prédio deve ter mais atrativos. Este mês, os responsáveis pelo empreendimento anunciaram sua expansão para um terreno vizinho. A administração não divulga seus planos, mas haverá novas atrações.

 

Os shoppings vencedores desta edição só precisam ser mais cuidadosos na curadoria de suas exposições. Os lugares que seriam destinados a mostras recebem todo tipo de trabalho. Índia e chocolate se tornaram temas das salas.

 

Quase perfeitos

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Bastaria o complexo Unibanco Arteplex, com nove salas de cinemas e sua programação com filmes de arte, para que o paulistano considerasse o Frei Caneca um dos bons endereços culturais da cidade. Mas o espaço abriga também dois teatros e o curso para atores na escola Wolf Maia, que atende os aspirantes à carreira artística. Na praça de alimentação, shows de MPB e pop-rock de segunda a sexta, das 19h às 21h. O shopping ainda tem uma dívida com seu público: falta uma livraria megastore.

 

Até as atrações culturais têm grife. O Cidade Jardim recebeu a única unidade da Livraria da Vila em shoppings. Assim como ocorre na sede, na Vila Madalena, a loja mantém uma programação com sugestões para adultos e crianças. Às segundas, o auditório da livraria serve de estúdio para a gravação do programa ‘Bossa ao Vivo’, da rádio Alpha. A lista inclui a Casa do Saber, onde são ministrados cursos de artes e filosofia, e um espaço para exposições, que hoje recebe ‘Museu Encantado da Barbie’, retrospectiva dos 50 anos da boneca (leia na pág. 81). A rede Cinemark também se adequou ao projeto. Duas salas premier têm poltronas de couro com apoio para os pés, mesinha de apoio e mais um mimo: botão para chamar o garçom.

 

Pode olhar à vontade

Estes não estão à venda. O Central Plaza tem um espaço próprio para exposições, cuja agenda é definida em parceria com a Academia Brasileira de Arte, Cultura e História. Há sempre mostras de telas e esculturas.

 

Entre os livros

A briga entre livreiros é boa no Morumbi, que tem duas megastores. A Fnac, no piso Lazer, agrada aos adultos com seu acervo de livros, CDs, DVDs e eletrônicos. A Saraiva, no térreo, tenta conquistar o público infantil, com seu Espaço Kids e uma seção exclusiva da Disney.

 

Não há concorrência para a Livraria Cultura no Shopping Villa-Lobos. O flerte com os leitores começa na entrada, com poltronas confortáveis que convidam à leitura. Dentro da loja, o passeio pelas prateleiras de livros, CDs e DVDs espalhados por dois andares é irresistível. Tudo à vontade, sem pressão de vendedores afoitos. O espaço tem também um auditório, cuja agenda lista palestras, shows e espetáculos teatrais. As crianças têm sua programação especial nos fins de semana. Os eventos são divulgados no site

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