Impasse na assinatura do contrato para o estudo da viabilidade da construção da versão carioca do Museu Guggenhein. Enquanto a prefeitura do Rio anunciava que o procurador-geral do município, Júlio Horta, estava em Nova York para assinar o documento, a assessora de imprensa da instituição Betsy Ennis, negava qualquer acordo. Segundo ela, a possibilidade de um Guggenhein no Rio ainda estava em discussão e o conselho da instituição não havia sequer aprovado o estudo de viabilidade. "As informações divulgados no Rio ainda são muito prematuras", disse Betsy. No Rio, no entanto, o presidente da RioArte, Ricardo Macieira, encarregado das negociações, confirmava que o contrato seria assinado às 17 horas (em Nova York, 20 horas, no Rio). Às 19h40, a secretária de Comunicação da Prefeitura, Ágata Messina, informava ter falado com Horta, que estava a caminho do escritório de advocacia Jones, Day, Reavis & Pogue, onde o documento seria firmado. Em Nova York, o escritório dizia não estar autorizado a dar informações sobre seus clientes. A vinda do Guggehein para o Rio está em pauta desde meados do ano passado. Em novembro, o diretor da instituição, Thomas Krens, e o arquiteto que projeta seus prédios, Frank Gehry, estiveram no Brasil para escolher entre Rio, Salvador, Recife e Curitiba a cidade ideal para construír sua unidade na América Latina. O Rio encantou os dois, mas eles não manifestaram preferência por nenhuma cidade. Ao assumir o governo municipal no início do ano, o prefeito César Maia manteve as negociações com a direção do Guggenhein e hoje anunciou a assinatura do contrato para estudos de viabilidade, que custariam R$ 2 milhões ao município. Este mesmo contrato que foi mais tarde negado pela assessoria do museu.