
23 de maio de 2013 | 02h08
Houve um momento, pouco antes da estreia de Piaf - Hino ao Amor, em que Marion Cotillard chegou a pensar em desistir da carreira. Estava desanimada - nada de bom acontecia. Comunicou a seu agente que estava parando. Ele fez a mesma pergunta que o repórter do Estado - mas você vai fazer o quê? Marion queria entrar para o Greenpeace, dedicar-se à causa do meio ambiente. "Sou guerreira em defesa da natureza", define-se.
E aí veio o Festival de Berlim, La Môme - título original - estourou, Marion ganhou o Globo de Ouro, o Oscar de melhor atriz. Até agora, Marion às vezes não acredita que tudo isso tenha ocorrido com ela. "Foi tudo além das minhas expectativas mais delirantes", conta ela.
Ela está em Cannes com dois filmes - o do marido, Guillaume Canet, já passou fora de concurso, Blood Ties, Laços de Sangue. O Imigrante, de James Gray, ficou para o último dia, e há uma tradição de que sejam os filmes vencedores da Palma de Ouro.
Marion ri das observação do repórter. Palma de Ouro? "James é muito talentoso", avalia. Veste alguma coisa mais casual de Dior, sua maison preferida. Marion tem brilhado no tapete vermelho.
Como Catherine Deneuve no passado - e a bela da tarde segue imperial -, Marion é hoje a grande estrela internacional da França. Faz uma mãe, disposta a tudo para defender os filhos, em Laços de Sangue. E diz - "A maternidade mudou a minha vida".
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