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Grupo encena versão de 'Até as Princesas Soltam Pum'

Espetáculo tem estreia marcada para o Teatro Alfa

Por Bia Reis
Atualização:

Quando o pum de uma das filhas inspirou Ilan Brenman a escrever Até as Princesas Soltam Pum, ele sequer podia imaginar os rumos que o livro tomaria. Lançado no Brasil em 2008, é um dos maiores sucessos da literatura infantil brasileira atual.Com 275 mil exemplares comercializados no País, a obra, que está em sua 15.º reimpressão, figura todos os meses na lista de mais vendidos da editora Brinque-Book. Na Espanha, foi traduzido para o espanhol, o catalão e o valenciano e está na sétima reimpressão. Também é sucesso na Coreia do Sul e desembarca em breve em Portugal, na Suécia e na Dinamarca.No sábado, o livro ganha outro desdobramento: chega aos palcos do Teatro Alfa, em São Paulo, em uma montagem da Cia. Toc Toc Posso Entrar? A companhia, que nasceu de grupo de contadores interessados em pesquisar literatura infantil, buscou inspiração no texto de Brenman e foi além. No livro, o escritor conta a história de Laura, uma menina que chega em casa, aflita, com uma questão para o pai: "As princesas soltam pum?". Com delicadeza, o pai diz que acha que as princesas soltam, sim. A garota não acredita, e o pai então pega O Livro Secreto das Princesas, com todos os segredos das princesas mais famosas do mundo.Contadora de histórias e atriz, Danielle Barros diz que, para a montagem - que utiliza música e proteções -, o grupo estudou o universo mítico e o arquétipo das princesas. "Não tratamos de uma princesa estereotipada, como a filhinha do papai, nem aquela que as feministas tanto detestam. Buscamos o caminho do meio."Nos palcos, Laura e sua melhor amiga se questionam, certa noite, sobre o que é preciso fazer para se tornar uma princesa de verdade. Em um site, elas encontram informações sobre o tal livro citado no texto de Brenman e, com a ajuda de dois seres saídos dos contos de fadas, iniciam uma jornada para desvendar a questão. "A peça não é uma leitura linear do meu livro. A montagem trata da desmistificação das princesas e da relação que as crianças tem com a fantasia", conta Brenman. "Elas não vão piscar os olhos do começo ao fim", aposta.

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