Grandes shows e improvisos

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Por Lauro Lisboa Garcia
Atualização:

Além do que já se esperava de bom de nomes de peso, como Joyce, Dori Caymmi, Yamandú Costa, Hermeto Pascoal, Richard Galliano, Trio Curupira e Banda Mantiqueira, foram muitas as boas surpresas do Choro Jazz Jericoacoara. O esquema de colaboração entre os músicos parece ter se dado com mais frequência nesta segunda edição do festival, com Arismar do Espírito Santo, Alessandro Penezzi, Alexandre Ribeiro, André Marques e Cleber Almeida participando de vários shows.A principal surpresa foi o encontro da dupla Penezzi (violão) e Ribeiro (clarineta), que mostraram toda sua destreza, tocando choros com impressionantes velocidade, técnica, prazer e entendimento mútuo. Todas essas virtudes se viram reunidas na impecável apresentação do violonista Yamandú Costa e seus parceiros Rogério Caetano, Luís Barcelos e Alessandro "Bebê" Kramer. Penezzi e Ribeiro juntaram-se a eles na parte final, deixando a plateia embasbacada com a execução de Graúna (João Pernambuco) e 1 x 0 (Pixinguinha). Foram os dois melhores shows de choro do evento, que teve ainda os veteranos da Moderna Tradição também dando aulas de boa música no setor.De jazz brasileiro, além de Joyce e seus ótimos acompanhantes, veio Hermeto e banda com seu estilo free, quebrando tudo. O mago alagoano fez um show conciso e alegre, interagindo com o público, com bom humor e, como de hábito, improvisando muito.Além de Kramer e Hermeto, o acordeom exerceu grande atrativo sobre o público (porque o aproxima do forró) nas mãos de Lulinha (Moderna Tradição), Richard Galliano, que fez o instrumento cantar e bailar em diversos gêneros numa bem-sucedida apresentação solo, de Luiz Calos Borges e do argentino Nini Flores, que com o irmão Rudi e o parceiro gaúcho, trouxeram pérolas do chamamé.

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