
12 de setembro de 2010 | 00h00
E o principal: ninguém sabe quem é Banksy. Como é seu nome verdadeiro, seu rosto, onde mora, do que vive. Tudo é envolto em mistério.
Neste ano, ele saltou dos muros e paredes para as imagens em movimento e assina um dos principais filmes de 2010, o documentário Exit Through the Gift Shop (Saída Pela Loja de Souvenirs, em tradução livre, sem previsão de lançamento no Brasil).
No filme, ele acompanha a trajetória do documentarista francês Thierry Guetta, obcecado por filmar tudo o tempo todo a ponto de, ele mesmo, virar o objeto do documentário, que deixou de ser seu para se tornar do próprio Banksy.
O filme foi batizado de "o primeiro filme catástrofe de arte" e há uma série de especulações sobre sua natureza. Seria o filme mesmo um documentário ou é tudo armado? Thierry é quem ele diz que é? E Banksy? Mostra a própria cara mesmo?
Sem entrar no mérito do documentário, ele ressalta um ponto específico: como a arte de rua virou um movimento graças à internet. Grafites e pichações são perecíveis por natureza, mas, graças à rede, foi possível que toda uma geração de artistas se conectasse e se percebesse como parte de uma cena global. Cena que, graças à rede, tem um grande nome mundial - o próprio Banksy. Mesmo que ninguém saiba quem ele é.
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