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Governo investiga monopólio no mercado de palavras-cruzadas

Por Agencia Estado
Atualização:

As palavras cruzadas foram parar na Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Fazenda, que analisa atos de concentração de mercados. A editora Nova Atenas, do Rio de Janeiro, entrou nesta segunda-feira com representação no SDE contra a Ediouro Publicações, empresa que publica há cerca de 40 anos as tradicionais revistas de palavras cruzadas Coquetel, com a acusação de monopólio e concorrência desleal. Segundo o advogado da Nova Atenas, Luiz Araripe, a Ediouro vem impedindo a atuação da Nova Atenas no mercado editorial de revistas de palavras cruzadas, que movimenta R$ 35 milhões por ano. A empresa pioneira neste tipo de publicação alegaria que tem direitos sobre os passatempo palavras cruzadas, já patenteados no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e teria ameaçado com processo judicial qualquer empresas que se aventurasse por este mercado. A concorrente discorda e afirma que este passatempo pertence ao domínio público há mais de 10 anos e pode ser explorado por terceiros sem qualquer impedimento legal. Nenhum executivo da Ediouro foi encontrado pelo Estado para comentar a questão. Segundo Araripe, a empresa teria enviado notificação extra-judicial à Nova Atenas, em agosto de 2001, ameaçando recorrer à Justiça. A Nova Atenas foi fundada há dois anos para atuar no ramo de revistas de entretenimento. Um de seus produtos, a Enigma, segue os moldes da Coquetel, carro-chefe da Ediouro. ?Quando a Ediouro tomou conhecimento de que a Nova Atenas estava ingressando no mercado para competir com seus produtos, passou a tomar uma série de atitudes com o fim de impedir a iniciativa?, disse Araripe.

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