Glória Pires fala sobre a morte do pai, Antônio Carlos

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Por Agencia Estado
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O comediante Antônio Carlos, pai da atriz Glória Pires, morreu na noite de segunda-feira, aos 78 anos, vítima de infecção generalizada. O ator, que sofria de Mal de Parkinson havia 20 anos, estava internado desde 23 dezembro na Clínica São José, na zona sul. Antônio Carlos foi pioneiro dos programas humorísticos no rádio, atuou nas chanchadas ao lado de Oscarito e Grande Otelo, participou de novelas, minisséries e humorísticos e ficou conhecido por seu personagem Juscelino Barbacena, um dos alunos de A Escolinha do Professor Raimundo. Foi acompanhando seu pai a uma das gravações do programa que Glória Pires esteve pela primeira vez numa emissora de tevê. Ela tinha quatro anos. Antônio Carlos ajudava a filha a decorar seus textos para as primeiras novelas que fez. "Meu pai deixa um grande exemplo de vida. Era um homem íntegro, valente, amoroso. Ele foi exemplar como pai, profissional, amigo, marido", disse Glória, no velório do pai, no Teatro João Caetano, no Centro. O ator Stepan Necersian lembrou que Antônio Carlos sempre colaborou com a Casa dos Artistas. "Ele tinha uma preocupação social com os colegas. Sempre foi um artista sem vaidade pessoal. Sempre o admirei por sua dedicação à arte", disse. Antônio Carlos deixou de atuar há cinco anos, por conta das dificuldades de decorar o texto. O ator perdeu a fala em 2002, o que não o impedia de demonstrar sua emoção quando visitava o centro social Casazul, mantido pelas filhas Glória e Linda, no Recreio dos Bandeirantes. "Ele era solidário, humano, sempre disposto a ajudar. Foi o espírito mais evoluído que conheci. Por sorte era meu pai", disse Linda. Antônio Carlos era viúvo. Além das filhas, deixa seis netos: Rafaela e Renato, filhos de Linda, e Cléo, Antônia, Ana e Bento, filhos de Glória. O enterro do ator estava previsto para as 15 horas, no Cemitério São João Batista.

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