Glauco Rodrigues é enterrado no Rio de Janeiro

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Por Agencia Estado
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Mais de sessenta pessoas, entre admiradores, amigos e familiares, acompanharam o enterro do corpo do artista plástico Glauco Rodrigues no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Ele morreu ontem, aos 75 anos de idade, vítima de insuficiência respiratória, no Hospital Samaritano, onde tinha sido internado na quinta-feira, com problemas causados por um câncer de intestino. Glauco Rodrigues começou a carreira aos 15 anos. Foi desenhista, pintor, gravador, ilustrador , programador visual e, nos últimos anos, criou grandes painéis em mosaico. Ele nasceu em Bagé. Viveu em Roma, mas se considerava um "gauchoca", ou gaúcho carioca, porque escolheu o Rio para viver desde a década de 60. O amor pela cidade ficou registrado em quadros sobre o Carnaval, as praias e as mulatas. Mas sua pintura multicolorida retratou também índios, florestas, frutas, flores e animais. Nos anos 50, em Porto Alegre, entrou para o Clube da Gravura, fundado por Carlos Scliar e Vasco Prado. Foi um dos fundadores da revista Senhor, que mudou a história da arte gráfica, ao lado de Scliar e do jornalista Paulo Francis. Participou da exposição Opinião 66, no Museu de Arte Moderna do Rio, considerada um dos marcos da arte contemporânea brasileira. O escritor Luis Fernando Veríssimo escreveu dois livros sobre o artista, um intitulado Glauco Rodrigues e o outro O Arteiro e o Tempo, sobre sua dedicação à arte.

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