25 de dezembro de 2012 | 02h04
Mas, diplomata do ritmo, Gil foi levando e foi ganhando a plateia em um show que não chegou a uma hora de duração. Abriu com Realce, prosseguiu com A Novidade, esquentou com Não Chore Mais. Quando chegou a Is This Love?, já estava todo mundo dançando e balançando perigosamente a arquibancada. "Bob Marley, um daqueles da turma do Stevie!", afirmou, arrancando gargalhadas.
Quando cantava Aquele Abraço, o lado político falou mais forte e ele encaixou ali um princípio de ecumenismo futebolístico. "Alô, torcida do Flamengo, do Vasco, do Botafogo e do Fluminense: aquele abraço!". Logo a seguir, disse: "Teve um samba do Rio, agora tem um samba da Bahia". E atacou Andar com Fé.
Gil também fez uma versão alucinante de Domingo no Parque, com uma quebra de tempos na percussão interessante, algo que orgulharia Rogério Duprat. Quando chegou a Palco, o Imperator já tinha esquecido completamente o atraso.
A banda de Gil é de extrema competência, e atravessou o inferno técnico com galhardia, com ajuda dos scats do baixista Arturzinho Maia e dos solos de Sergio Chiavazzoli. / J.M.
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