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Gianecchini: longe de ser o novo "cigano Igor"

Por Agencia Estado
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O estreante Reynaldo Gianecchini encarou apostas desde que virou protagonista das 8 na Globo, Laços de Família. Ex-modelo, com duas peças no currículo, houve quem apostasse num novo "cigano Igor", referência ao mau desempenho na estréia de Ricardo Macchi, já como protagonista em Explode Coração (Globo, 1995). No início das gravações, mais apostas: ele não resistiria a Vera Fischer, mesmo namorado de Marília Gabriela há dois anos. O primeiro boato veio com as gravações no Japão. Depois, a própria Vera agitou a fogueira, ao beijá-lo numa festa. Novela no ar, Gianecchini já mostrou que, se está longe de ser um cigano Igor, tampouco seus talentos parecem dar plena conta do papel - ele é o primeiro a admitir seus limites e o esforço de superá-los. Já os beijos calientes entre Edu e Helena não deixam os boatos de namoro sumir. "Tem de ser para valer, até beijo", diz. Com 27 anos, é o galã da hora. Mas não se acha bonito. "Sou um cara bacana: eu me adoro", diz ele. "Bonito é Thiago Lacerda." Estadão.com.br - Como avalia o seu trabalho? Reynaldo Gianecchini - Percebo as limitações, sei que preciso melhorar, mas está sendo bacana. Sou crítico com o que faço. Mas sou corajoso e que quero ser ator. Ainda não domino o veículo, mas estou relaxado porque já consegui fazer coisas legais. Por exemplo? Tenho um olho muito verdadeiro em muitas cenas. E emprestei carisma a Edu. O diretor Ricardo Waddington diz que escolheu atores como se fossem o personagem porque, em trama de Manoel Carlos, não se faz composição. Você concorda? Sim. Não que me sinta Edu. Ele é bem diferente de mim. Mas há coisas minhas, como a conduta diante da vida. Ele é bacana, bem-humorado. Mas é expansivo e sou reservado. Nas cenas em que ele domina todo mundo, sinto mais dificuldade. Você está fazendo algum tipo de preparação? Aula de canto. Moacir Chaves também me dá aulas de interpretação. Ele é diretor de teatro, chamado para trabalhar comigo e outros novatos. Como encara os boatos de namoro com Vera? Não gosto de falar do caso porque é mentira. Sou bem-casado, amigo de Vera, não penso em ter nada com ela. Minha vida não pode ser chamariz de novela. Então, de onde partiu isso? Vera é um mito e tudo que a envolve é um alarde. E há o meu histórico de namorar mulheres mais velhas e o dela, de ter namorado cara mais novos. Os beijos de Edu e Helena alimentaram boatos. Tudo o que se faz em cena tem de ser para valer. Cena de beijo é como outra qualquer e tem de parecer verdadeira. Pensar que é possível rolar algo por fora é bobagem. Você dá o beijo com 50 pessoas em volta e o diretor gritando que é para virar mais para o lado. Não rola clima. Marília, sendo jornalista, lhe deu orientação para como lidar com a imprensa? Ela, para mim, é um exemplo. Tem uma reputação intocável porque sempre se preservou. Então, o caminho é preservar-se e tocar o trabalho. Desde o começo, ela me aconselhou a não ficar me abrindo. Sou muito dado, vou falando e ela disse que isso não é legal porque as pessoas são maldosas. Você é muito vaidoso? Eu me cuido porque minha imagem é meu produto. Procuro me alimentar bem e fazer exercícios. Mas a novela bagunçou um pouco minha vida. Não tenho traços e corpo perfeitos, nunca achei que tive. Eu me acho um cara bacana. Eu me adoro. Tenho características que me fazem bonito, como ser bem-humorado diante da vida e estar sempre sorrindo para as pessoas. Isso ilumina a gente e quando ilumina o olho, acham que a gente é bonito.

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