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Giancarlo Giannini é homenageado em festival em SP

Por AE
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A primeira viagem de Giancarlo Giannini ao Brasil estava marcada há pouco mais de 40 anos. Aos 18 anos, formado em técnico em eletrônica, deveria vir ao País para trabalhar em um dos primeiros satélites artificiais da história, "em uma cidade no meio do nada", contou o ator à reportagem em conversa no último sábado. Mas a viagem foi adiada. "Tinha de servir o exército. Mas acabei sendo dispensado. Isso porque eu tinha uma avó. E descobri que, por regra quem era o neto mais velho não servia. Acabei ficando com um ano livre. Foi então que um amigo sugeriu que fosse para a Academia. Pensei que era a militar e me disse: Por que não? Só que depois descobri que era a Accademia d?Arte Drammatica de Roma. Um senhor acabou me preparando, passei no teste e ganhei uma bolsa. Tudo começou como brincadeira. Estou até hoje brincando. E finalmente no Brasil."Um dos últimos remanescentes da esquadra de ouro dos grandes intérprete italianos, Giannini vem ao País para ser homenageado no 8º Festival Pirelli de Cinema Italiano no Brasil, que começa na quinta e segue até 13 de dezembro. Antes, nesta segunda-feira às, 11h30, participa de bate-papo no Museu da Imagem e do Som, quando ocorre também o anúncio do protocolo para o Fundo de Coprodução Brasil-Itália. Além de filmes inéditos, o festival traz uma retrospectiva rara com oito de seus mais de 100 filmes - todos em película restaurada, vindas diretamente da Cinemateca de Roma. "Já vim ao Brasil algumas vezes, mas só ao Rio e muito rápido. É a primeira vez em São Paulo. E sinto como se fosse a primeira vez de todas. Finalmente, tanto tempo depois, vim ao Brasil!", brincou.Giannini, que além de ator é diretor, produtor e professor do curso de recitação no Centro Sperimentale di Cinografia de Roma, onde ensina "humanística alegria e fantasia", conversa com o público na Faap na quinta, às 11h, após a exibição de "Pasqualino Sete Belezas", às 9h30, que lhe rendeu indicação ao Oscar em 1977 e a primeira nomeação de uma mulher a melhor direção, a italiana Lina Wertmüller, que também o dirigiu em "Um Destino Insólito" (1974), "Mimi - O Metalúrgico" (1972) e "Amor e Anarquia" (1973).É rara oportunidade para quem, sobretudo os mais jovens, o conhece mais como os vilões da franquia 007 ("Cassino Royale", de 2006, e "Quantum of Solace", 2008), de descobrir joias como as de Wertmüller e ainda "Ciúme à Italiana", de Ettore Scola (1970), "O Inocente" (de Luchino Visconti, 1976), "Me Manda Picone" (de Nanni Loy, 1984), "O Mal Obscuro" (de Mario Monicelli, 1990). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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