Gesto de Gerald Thomas vira caso de polícia

O polêmico gesto do diretor da ópera Tristão e Isolda, ao abaixar as calças e mostrar o traseiro à platéia do Teatro Municipal do Rio, vira caso de polícia

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Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia carioca recebeu ordem para investigar se o gesto do diretor Gerald Thomas, que abaixou as calças e mostrou o traseiro à platéia do Municipal carioca em resposta às vaias recebidas pela sua produção da ópera Tristão e Isolda, constituiu ou não ato obsceno. De acordo com a Polícia Civil do Rio, o objetivo é averiguar se o gesto tinha relação com a montagem ou se foi simplesmente um desrespeito ao público. Segundo o delegado Geraldo Cruz Ribeiro, da 5.ª DP, serão ouvidas pessoas presentes à estréia, no sábado à noite. O diretor Gerald Thomas, ao participar do Programa do Jô, da Rede Globo, na segunda-feira, fez uma retratação pública e disse ao apresentador Jô Soares que estava arrependido pelo ato e que lamentava ter feito com que a orquestra e a ex-secretária de Cultura e presidente do Municipal Helena Severo se sentissem desrespeitados. No programa, Thomas disse que não foi fácil ouvir da platéia que "eu era um judeuzinho histérico que deveria voltar para o campo de concentração. Meu sangue esquentou ouvindo esses neonzistas aficcioados por Wagner". Já em sua coluna de ontem no Jornal do Brasil, entitulada Um apagão na cultura e escrita na forma de uma carta ao poeta Haroldo de Campos morto no sábado, Thomas escreveu: "Saiba Haroldo, que aquele meu "terrível ato transgressor" que parece ter chocado tanta gente pelo suposto mau gosto, foi em homenagem a você e usando um conselho seu - quando te agredirem com uma bola de gude venha logo com três granadas de uma vez".

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