
02 de março de 2011 | 00h00
A empresa, propriedade do grupo LVMH, para a qual Galliano trabalha como diretor artístico desde 1996, divulgou um comunicado anunciando a decisão devido ao caráter "particularmente odioso" do comportamento do estilista.
Dias antes, um casal que estava presente no bar já havia denunciado o estilista, nascido em Gibraltar, em 1960, por tentativa de agressão e por pronunciar palavras antissemitas. Logo que tomou conhecimento das acusações e de que Galliano seria interpelado pela polícia, na última quinta-feira, a grife francesa suspendeu imediatamente as relações com o diretor artístico, esperando os resultados das investigações. Anteontem, Galliano negou as acusações diante da polícia.
O diretor geral da Dior, Sidney Toledano, citado no comunicado, "condena com toda firmeza as declarações feitas por John Galliano em total contradição com os valores essenciais que sempre foram defendidos pela marca".
Anteontem, o site do tabloide britânico The Sun publicou um vídeo em que Galliano aparecia bêbado e insultando pessoas sentadas nas mesas de um bar. Nas imagens, ele teria dito: "Eu adoro Hitler (...) Gente como vocês estaria morta. Suas mães, seus pais não seriam mais do que gases fedorentos". Ainda segundo o The Sun, o incidente ocorreu no Café La Perle, situado em um bairro histórico judeu, em Paris, no dia 12 de dezembro.
Repercussão. A atriz Natalie Portman, que no domingo conquistou o Oscar de melhor atriz por seu papel em Cisne Negro, e que faz propaganda de perfume para a Dior, condenou anteontem as declarações de Galliano. Portman é judia e disse que não queria ser vinculada ao estilista, em comunicado divulgado pelo The New York Times. "Estou profundamente chocada e enojada pelo vídeo dos comentários de John Galliano que vieram à tona." / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
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