PUBLICIDADE

Galeria de Nova York expõe obras inéditas de Monet

Wildenstein & Company realizará retrospectiva de 27 de abril a 15 de junho

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma galeria de Nova York vai oferecer ao público um novo olhar sobre o mestre impressionista Claude Monet. A Wildenstein & Company inaugurou a retrospectiva mais abrangente do pintor feita em Nova York nos últimos 30 anos. A exposição, que será realizada de 27 de abril a 15 de junho, inclui 62 trabalhos da longa carreira de Monet, entre eles três que nunca antes foram vistos pelo público e dois que nunca antes foram reproduzidos em cores. Entre as obras-primas que vão sair da parede de um colecionador privado para serem expostas em público pela primeira vez estão Adolphe Monet no Jardim de Le Cocteau, que mostra o pai de Monet lendo em um jardim caleidoscópico ensolarado. Os espectadores vão reconhecer muitas das primeiras pinturas do campo francês e de nenúfares de Monet, mas a exposição também inclui seus trabalhos posteriores, menos conhecidos e cada vez mais abstratos, em estilo "impasto" espesso, que parecem ter influenciado artistas do século 20 como os cubistas e Jackson Pollock. Também serão expostas cartas particulares de Monet, que viveu de 1840 a 1926 e definiu o impressionismo francês. Os organizadores da exposição examinam o apelo quase universal do pintor. Por que todos parecem gostar do trabalho de Monet? Facetas de Monet "É porque suas telas fazem você sentir-se bem com a vida. As pessoas se sentem felizes quando as olham", respondeu o curador Joseph Baillio. "Alguns intelectuais talvez achem que Monet foi um artista demasiado simplista, porque suas imagens são tão tranqüilizadoras. Na verdade Monet é desafiador, mas é preciso conseguir mergulhar fundo com ele para poder compreender onde está esse desafio." Guy Wildenstein, bisneto de Nathan Wildenstein, que fundou a galeria em Paris há 130 anos, aproveitou seu sobrenome famoso para convencer vários colecionadores a ceder algumas de suas telas mais preciosas para a exposição. Vêm de coleções particulares 41 das telas expostas. Um colecionador que é conhecido por jamais emprestar seus quadros cedeu quando Wildenstein disse que a exposição seria feita em memória de seu pai, o falecido Daniel Wildenstein, que passou 50 anos trabalhando sobre um catálogo de Monet e morreu em 2001. "Ele me olhou nos olhos e disse: ´Diga-me apenas quais você quer´. Eu estava quase às lágrimas", contou Wildenstein. "Ele tem três quadros de Monet e nos emprestou dois deles."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.