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Galeria Brito Cimino será reinaugurada em São Paulo

Por Agencia Estado
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A Galeria Brito Cimino realizou desde 1997, quando abriu as portas pela primeira vez na Rua Aldolfo Tabacow, boas exposições, coletivas e individuais, que muitas vezes articulavam arte moderna e contemporânea. A casa será reinaugurada no sábado, com a mostra Recortes, em um grande galpão com 200 metros quadrados de área expositiva (e seis de pé direito), na Rua Gomes de Carvalho, na Vila Olímpia, com um novo modelo de exibição. "Continuamos tendo importantes obras de arte moderna em nosso acervo, mas agora pretendemos centrar fogo na contemporânea", observa Luciana Brito, proprietária. "Trata-se de uma mudança de leme que começou com o crescimento, no ano passado, da nossa participação em feiras internacionais de arte contemporânea", continua a galerista, que começou com quatro artistas e hoje tem 18 deles em sua cartela de representações. "Há tempos precisávamos de mais espaço." Mas essa mudança de direcionamento não significa que a galeria deixará de realizar mostras históricas. No segundo semestre, por exemplo, a Brito Cimino vai montar uma retrospectiva de Waldemar Cordeiro. "Desde o ano passado estamos trabalhando em um CD-ROM sobre sua obra para a ocasião" conta ela. Algumas das obras "históricas" que poderão inspirar retrospectivas estão na mostra inaugural, como exemplares da série Fotoformas, realizadas por Geraldo de Barros nas décas de 40 e 50 ou mesmo Calça e Paletó, da produção dos anos 70 de Nelson Leirner, que também participa com duas obras recentes: a sua versão cubista para o urinol de Duchamp e Macacos. Recortes também reúne uma série de trabalhos recém-saídos do forno como uma escultura em resina de Nazareth Pacheco, que, de acordo com a galerista, faz parte de uma série que poderá ser vista na íntegra em individual a ser realizada em janeiro do ano que vem. Há ainda uma dupla de pinturas sobre tela de Daniel Senise, que acaba de integrar o time da galeria e que também tem programada uma grande exposição para outubro. De Ana Maria Tavares, a coletiva mostra Visiones Sedantes, três superfícies espelhadas realizadas este ano. "Trata-se de um trabalho semelhante ao que Ana Tavares vai mostrar na exposição que será realizada na Bienal, com curadoria de Maria Alice Milliet", acrescenta Luciana, referindo-se à mostra de arte contemporânea que integra a comemoração dos 50 anos da Bienal, com início previsto para o fim do mês. Ainda do antigo casting da galeria, Regina Silveira está representada por duas sombras dos anos 80, seus Dilatáveis, feitos de madeira recortada. Entre os que estréiam na casa com o novo espaço, o fotógrafo cubano Ernesto Pujol é destaque, com imagens que mostram sapatos infantis engessados (um costume familiar em Cuba) ao lado de pratos com identificação nazista. Ana Maria Maiolino está representada pela série Marcas na Transparência, conjunto de radiografias de pulmão pintadas com tinta acrílica e emolduradas em caixas. Georgia Creimer, outra fotógrafa, apresenta a série Handing, realizada em 1999. Recortes - De terça a sábado, das 11 às 19 horas. Galeria Brito Cimino. Rua Gomes Carvalho, 842, tel. 3842-0634. Até 16/6. Abertura no sábado, às 12 horas.

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