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Futuro adiado até julho

Por Camila Molina
Atualização:

O conselho da Fundação José e Paulina Nemirovsky, que detém uma coleção de arte avaliada em cerca de R$ 100 milhões, vai se reunir apenas em julho para discutir as proposições do mais novo patrono da entidade, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Convidado pela família dos instituidores da fundação, a filha de José e Paulina Nemirovsky (ambos mortos), Beatriz Pistrak Nemirovsky Moraes Leme, e por seu marido, o empresário Paulo Leme, Dirceu sugeriu que a entidade se transforme em museu e saia do espaço da Pinacoteca do Estado, na Estação Pinacoteca, onde atualmente está abrigada. "Foi uma ideia dele (Dirceu) buscar um novo espaço", diz Leme. "Estamos muito bem acolhidos na Pinacoteca", afirma, entretanto, o advogado Arnoldo Wald Filho, presidente do conselho da fundação desde 19 de maio. "Não debatemos ainda planos futuros, mas vou marcar uma reunião para o mês que vem", afirmou. O advogado completa ainda "não descartar" a proposta de Dirceu de a fundação sair da Pinacoteca do Estado.Em 2004, Paulina Nemirovsky, que morreu em 2005, assinou contrato de comodato, renovável, do acervo de arte com a Secretaria de Estado da Cultura. Assim, a entidade passou a ter como sede o segundo andar da Estação Pinacoteca, prédio da Pinacoteca do Estado. O espaço ficou destinado para que se fizessem mostras com obras da coleção, que tem como grande destaque o modernismo brasileiro. Também foram criados no local a reserva técnica para as 276 obras do acervo, escritório e biblioteca. O casal Nemirovsky tinha como desejo colocar a público seu acervo. O comodato foi renovado no ano passado com o governo de São Paulo para até dezembro de 2020."O que me causa preocupação tendo visitado a Pinacoteca é que apenas 50 quadros estão expostos e 200 estão na reserva técnica. Não creio que minha sogra ficaria feliz com essa situação", afirmou o empresário.

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