Furacão Linda Evangelista volta à cena fashion

Supermodelo dos anos 80, de 36 anos, volta a movimentar mundo da moda com editoriais na Vogue, campanha para a Estée Lauder e processo na Justiça

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A mais famosa supermodelo dos anos 80 está voltando ao mundo da moda - com o providencial impulso de um escândalo. Linda Evangelista, a canadense que estrelou centenas de campanhas e capas de revistas até se aposentar por conta de problemas de saúde, foi contratada pela Estée Lauder, estará na capa da próxima Vogue americana e tem uma série de outros trabalhos agendados. Ela também está sendo processada pela agência Wilhelmina, que acusa a modelo de ter passado a perna em seus representantes. Linda, que está com 36 anos, andava sumida do mercado desde a segunda metade dos anos 90. Um tumor no seio que deixou uma cicatriz teria sido o motivo de uma fase de reclusão da modelo, que perdeu a forma e passou a levar uma vida discreta ao lado do segundo marido, o jogador de futebol Fabien Barthez, da seleção francesa e do Manchester United. Há dois anos, alegando que não se adaptou à vida de Manchester, a modelo voltou a morar em Nova York. Pouco a pouco, ela retomou a carreira, em trabalhos pouco vistos como um suplemento para a Vogue alemã, e um editorial para a Elle australiana, no ano passado. Agora, a modelo se prepara para seu retorno triunfal. Contratada pela marca de cosméticos Estée Lauder para uma campanha de vários anos, ela vai ser a estrela da edição de setembro da Vogue americana. Ela também foi fotografada pela holandesa Inez van Lamsweerde para a capa de uma das próximas edições da Vogue francesa. Há poucos dias, Linda também voltou às colunas de fofocas, por conta do escândalo envolvendo seu agente na Wilhelmina, Didier Fernandez. Ele está sendo processado na Suprema Corte de Manhattan por supostamente ter fechado contratos diretamente com a modelo, para não repassar a comissão à agência - o que teria causado um prejuízo de "dezenas de milhares de dólares". Fernandez, que havia sido contratado há pouco mais de um ano para garantir a presença de supermodelos em uma nova divisão da Wilhelmina, foi expulso de seu escritório por seguranças quando a história veio à tona, na semana passada. Ele teria apagado todas as provas das transações e mantido "conversas secretas" diretamente no telefone celular da modelo, para deixar a Wilhelmina de fora. Linda também está sendo processada sob a mesma alegação. Os advogados de Fernandez garantem que tudo não passa de um mal-entendido e a modelo ainda não se pronunciou sobre o assunto. De qualquer maneira, a publicidade grátis gerada pelo escândalo só deve ajudar a modelo, que já tem garantidas uma série de campanhas. Ironicamente, uma delas é para a marca de casacos de pele Blackglama. Nos anos 80, Linda havia feito uma campanha para a People for the Ethical Treatment of Animals contra o uso de peles.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.