
07 de outubro de 2013 | 10h47
Não lhe parece estranho que uma artista tão depressiva seja capaz de criar uma obra alegre?
Muitas de suas obras iniciais falam de suicídio e morte. Buscar o prazer significou para ela uma maneira de controlar sua ansiedade.
Como foi seu primeiro encontro com Yayoi?
Foi memorável. Ela se vê como uma figura importante, embora segregada na história da arte. Por ter abandonado Nova York nos anos 1970, ela não se vê como parte de movimentos. Esta retrospectiva tem como meta trazer esses trabalhos iniciais, mas, ao mesmo tempo, mostrar seu renovado diálogo com a produção contemporânea.
Você diria que Yayoi é pop?
Embora nunca seja apresentada dessa maneira, ela estava presente e contribuiu para o nascimento da arte pop. Suas esculturas da série Acumulação – com suas obsessivas referências a sexo e comida, além do uso de objetos domésticos – são brilhantes reflexões sobre a América consumista do pós-guerra.
Ela, então, influenciou o pop?
Sem dúvida, Yayoi influenciou Warhol, assim como hoje ela influencia Damien Hirst.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.