França e Brasil em exposição no CCBB

Ficção e Vermelhos Telúricos, que mostram a produção da França e do Brasil em fotografias, vídeos e instalações do acervo da Caisse de Depôts

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Por Agencia Estado
Atualização:

Começam nesta quarta-feira, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio, duas exposições, Ficção e Vermelhos Telúricos, que mostram a produção da França e do Brasil. O governo francês montou o projeto França Contemporânea, cujo primeiro evento é a mostra Ficção. São fotografias, vídeos e instalações do acervo da Caisse de Depôts, banco de fomento que compra obras ou patrocina sua execução por artistas franceses ou radicados lá. Do acervo de 620 obras da Caisse de Depôts, que adornam as paredes das agências do banco na França, 70 foram trazidas para o Rio. "Essa coleção não se restringe a fotógrafos. Abre espaço a todo artista que usa a fotografia como suporte", explica o curador da mostra, Hervé Mikaeloff. "Há desde retratos sem retoques de paisagens urbanas e rurais a paisagens criadas no computador ou em maquete." É o caso da foto Lac d´Annecy, de Vik Muniz, solitário representante do Brasil no acervo da Caisse de Depôt. Já o iraniano Abbas Kiarostami, que retrata mulheres de seu país dá cunho jornalístico a suas fotos, enquanto o italiano Giacomo Costa apresenta uma montagem computadorizada de imagens de edifícios de vários lugares do mundo. Brasil - Já a exposição Vermelhos Telúricos traz fotos de paisagens de Vicente de Mello retrabalhadas em tons de magenta (aquele avermelhado que tinge o céu ao amanhecer). São 20 registros feitos com uma Roleiflex, nos últimos cinco anos, em lugares tão distantes quanto uma geleira dos Andes no Chile, uma fazenda do Vale do Paraíba, a muralha da China ou a Torre de Belém, em Portugal. "Quis reproduzir a imagem dos slides que turistas traziam da Europa nos anos 50. Para isso, usei um equipamento antigo", diz Mello, fotógrafo especializado em catálogos de arte que fez os de Adriana Varejão, Antônio Dias e Ernesto Neto. "O elo com a exposição francesa é o fato de o envelhecimento da imagem ser artificial, portanto uma ficção, embora as mudanças das paisagens retratadas sejam sempre naturais."

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