O Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro adiou nesta terça-feira, 9, a abertura da exposição Marilyn Monroe - o mito porque as fotos levadas para a mostra foram barradas no Aeroporto Internacional André Franco Montoro, em Guarulhos. Segundo o curador da exposição, Geraldo Jordão Pereira, as obras foram retidas porque os fiscais não as consideraram obras de arte. Veja também: Veja as fotos da exposição Marilyn Monroe - o mito No total são 62 fotografias que estão paradas na alfândega esperando uma decisão judicial para a liberação. As fotos "foram expostas no museu de Paris e de Nova York e quando vieram para o Rio elas são barradas como não sendo qualificadas como obra", disse o curador. Após quase um ano de negociação e três viagens para os Estados Unidos, afirma Pereira, "fico espantado com esse transtorno". Atualmente, peças artísticas são transportadas sem cobrança aduaneira. "A questão não é reconhecermos as fotos de Marilyn como obra. Só estamos cumprindo a lei", afirmou o inspetor chefe da Receita, José Antônio Gaeta Mendes. Segundo o oficial, a legislação exige que o importador guarde relação com o evento promovido para que as obras sejam consideradas isentas de imposto. "O promotor arranjou uma empresa que importa material elétrico para trazer fotografias. E isso não é permitido." Mostra revela a intimidade de Marilyn, fotografada com pouca roupa e sem maquiagem Fotos: Divulgação As fotos da exposição do MAM foram registradas por Bert Stern, em 1962, algumas semanas antes de a diva ser encontrada morta, em 5 de agosto de 1962, aos 36 anos. A exposição já passou por importantes galerias, como Museu Maillol, em Paris, e por Nova York. Elas retratam Marilyn em sua intimidade, com pouca roupa e sem maquiagem. Em uma das fotos, é possível observar a cicatriz de uma operação de vesícula feita pela atriz. Nascida em 1926, sob o nome de batismo Norma Jean Mortenson, Marilyn ficou famosa ao protagonizar Quanto mais quente melhor, O pecado mora ao lado e Os homens preferem as loiras. Nua, ela estampou o pôster da primeira edição de Playboy, em 1950. Segundo o organizador, os lucros da mostra serão direcionados para 60 instituições filantrópicas que apóiam a comunidade carente da zona oeste do Rio. Pereira espera que ainda nesta terça consiga uma liminar para não ser obrigado a pagar a taxa de transporte das obras, que, segundo o curador, soma cerca de R$ 10 mil. A exposição tem data de abertura para a próxima quinta-feira. Matéria ampliada às 17h53 para acréscimo de informações