Fotojornalistas antigos estão em alta no mercado

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Por AE
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Em vários tamanhos, as fotografias de Terry O?Neill, com tiragem de 50 cópias, estão à venda na Galeria Lume por preços que variam de R$ 10 mil (uma foto do guitarrista Jimmy Page) a R$ 21 mil (uma foto de Elton John se equilibrando no teclado do piano). A maioria das fotos, em preto e branco, são do começo de carreira de grupos como os Beatles, Rolling Stones, The Who e Led Zeppelin, mas há imagens mais recentes, como a de Amy Winehouse (R$ 12.500).O mercado de fotos já não é amador no Brasil. Muitas galerias comercializam fotos de profissionais conceituados como Elliott Erwitt, Candida Höfer, Andreas Gursky e outros gigantes, disputados em feiras como a SP-Arte/Foto. Em 2011, nada menos de seis galerias de arte que trabalham exclusivamente com fotos foram inauguradas no País, inclusive a Lume, dos sócios Felipe Hegg e Paulo Kassab Jr. O Brasil tem hoje 32 festivais de fotografia espalhados de Norte a Sul. E esse número tende a crescer, considerando a migração de artistas de outras áreas para a fotografia.No Exterior, o mercado de fotografia vem crescendo há 25 anos, elevando a cotação de artistas como Terry O?Neill, também porque, na época em que começou sua carreira, não era hábito entre seus colegas guardar os negativos de fotos feitas por encomenda de jornais. O?Neill, mesmo sem ter uma bola de cristal para adivinhar o futuro dos Beatles e dos Rolling Stones, guardou esses negativos em 35 milímetros que hoje alcançam os preços anteriormente citados.No Brasil, imagens criadas por fotojornalistas nos anos 1950 e 1960 começam a sair dos arquivos de família para as galerias - e a própria Lume tem, por exemplo, fotos antológicas do paraibano Alberto Ferreira, que durante 35 anos foi chefe do departamento de fotografia do Jornal do Brasil e hoje é considerado um dos maiores do século, ao lado de Robert Doisneau e Pierre Verger.Equivalente à importância de Terry O?Neill no Brasil foi o fotógrafo paulistano Otto Stupakoff (1935-2009), cujo acervo pertence hoje ao Instituto Moreira Salles. Stupakoff foi precursor da fotografia de moda no Brasil dos anos 1950, mudou-se para Nova York e começou a fotografar celebridades para revistas, inclusive Paul Newman, também clicado pelo fotógrafo inglês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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