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Fotógrafo se nega a comparecer a inquérito sobre morte de Diana

Por PAUL MAJENDIE
Atualização:

Um dos paparazzi que perseguiu a limusine de Diana na noite em que a princesa morreu num acidente automobilístico em Paris negou-se, na terça-feira, a comparecer ao inquérito sobre a morte dela e disse ser alvo de mentiras difamatórias. Romuald Rat foi acusado de pedir 300 mil libras a um tablóide britânico por fotos de Diana caída no chão da limusine destroçada. As autoridades francesas intimaram Rat a aparecer por videolink desde Paris diante do inquérito realizado em Londres sobre as mortes de Diana e seu namorado Dodi al Fayed em 31 de agosto de 1997. O juiz responsável pelo inquérito, Scott Baker, disse que o tribunal britânico não tem o poder de obrigar o fotógrafo a comparecer. Rat divulgou um comunicado dizendo que as alegações de que ele teria tentado vender fotos a Kenneth Lennox, ex-editor fotográfico do jornal The Sun, são "totalmente falsas e difamatórias". O inquérito ouviu alegações de que, em lugar de tentar ajudar a princesa ferida, Rat teria telefonado ao editor desde o túnel parisiense onde Diana estava morrendo, para tentar vender fotos exclusivas. Rat disse que uma decisão de uma corte de apelações parisiense em 31 de outubro de 2000 concluiu que ele foi imediatamente até o carro, verificou como estavam seus ocupantes, mediu a pulsação de Diana e a tranquilizou rapidamente, afastando-se para dar espaço a um médico quando este chegou. As alegações contra Rat foram feitas por Lennox num documentário da televisão britânica sobre o acidente. Ele disse que foi acordado por um "telefonema em tom de pânico" em que alguém lhe ofereceu imagens exclusivas. Mas, quando depôs diante do inquérito, na terça-feira, Lennox reconheceu que o telefonema que recebeu de Paris não pode ter sido de Rat porque o fotógrafo já tinha sido detido pela polícia francesa no momento da ligação. O editor disse ao tribunal que "os direitos mundiais sobre essas fotos, se fossem utilizáveis, teriam valido milhões de libras". Mas as fotos, posteriormente identificadas como sendo obra de outros paparazzi, perderam seu valor instantaneamente com a morte de Diana. "Às 4h daquele dia as fotos já tinham se tornado não apenas sem valor, mas perigosas", disse Lennox ao tribunal.

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