Foto de Marilyn Monroe pode quebrar recorde de preço em leilão

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Por NICK ZIEMINSKI
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Apesar da recessão econômica e das quedas recentes nos preços pagos por arte, uma foto de Marilyn Monroe poderá atingir preço recorde quando for leiloada na próxima semana, disse a Christie's na sexta-feira. A imagem feita por Bert Stern, uma das últimas fotos da atriz antes de sua morte, pode quebrar o recorde de 63 mil dólares marcado em 1994, diz a casa de leilões. A Christie's também espera marcar um recorde mundial para um trabalho de Helmut Newton, o mais caro dos quais foi vendido por 380.725 dólares no ano passado. Ambos fazem parte da coleção Constantiner, que inclui o maior grupo de fotos de Monroe a chegar ao mercado em qualquer tempo - mais de 100 ao todo. "Ela é a personificação da idéia do glamour", disse Philippe Garner, diretor internacional de fotografia da Christie's. A coleção acompanha a progressão de Monroe, disse ele à Reuters, "de garota jovem, ambiciosa e de cara lavada que queria fazer sucesso em Hollywood a essa mulher mais madura, mas de algumas maneiras confusa e problemática, que enfrentava o dilema de diferenciar sua identidade das expectativas do público". Marilyn ainda era uma adolescente chamada Norma Jean Baker quando primeiro posou para o fotógrafo André de Dienes, que ajudou a levá-la à carreira de modelo e, mais tarde, ao estrelato. Uma das primeiras sessões de fotos resultou num retrato clássico de Marilyn - ainda morena na época - diante de uma casa de fazenda, com feno a seus pés descalços, sorrindo para alguém que estava atrás da câmera. Leon e Michaela Constantiner começaram a comprar fotos de ícones do glamour e do estilo no início dos anos 1990. Sua coleção inclui obras de William Klein, Herb Ritts e Irving Penn, além de dezenas de fotos de Newton, incluindo vários nus em tamanho natural estimados em até 600 mil dólares. Muitas das imagens já são conhecidas. Elas apareceram na grande mídia e ajudaram a definir o período do pós-guerra, disse Garner. Isso forma um contraste com muita fotografia contemporânea, que é feita para galerias e museus, em lugar de ser destinada à publicação em revistas. Desde a virada do milênio, a fotografia digital vem tomando o lugar dos processos químicos, de modo que as cópias disponíveis no mercado de arte hoje fazem parte da história. Alguns dos rostos famosos cujas imagens estarão à venda incluem as modelos Kate Moss e Linda Evangelista, os cantores Michael Hutchence e David Bowie, e os atores Charlotte Rampling, Al Pacino, James Dean e Katharine Hepburn. Fidel Castro e Margaret Thatcher também aparecem. Mas Marilyn Monroe domina a coleção. De acordo com a Christie's, a imagem essencial da coleção é uma foto feita por Richard Avedon em 1957 de Marilyn num vestido de paetês. Ela abandonara a pose por um instante, parecendo reflexiva e um pouco triste. A cópia, feita em 1980, está estimada em entre 25 mil e 35 mil dólares. Outra imagem-chave é um nu a cores de Marilyn feito em 1949 por Tom Kelley e mais tarde usada na edição inaugural da revista Playboy. Ela mostra a jovem modelo com o braço erguido, reclinada contra um pano de fundo vermelho, e é estimada em até 15 mil dólares. Uma série de fotos ícones saiu de uma sessão de fotos de divulgação do filme "O Pecado Mora ao Lado". A série captou os mesmos momentos desde vários ângulos. Marilyn estava em pé sobre uma grade de metrô, e um jato de ar de um trem que passava embaixo teria feito sua saia levantar, expondo suas pernas. Qual é a verdade sobre aquelas imagens? "Pelo que estou sabendo, havia um cano de ar posicionado debaixo da grade", disse o especialista Stuart Alexander. "A imprensa toda estava lá. Era o caso de garantir uma grande imagem."

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