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Foliões satirizam temas do noticiário em blocos de rua no Rio de Janeiro

Fantasias do carnaval carioca remetem à crise nos países árabes, ao WikiLeaks, a filmes do Oscar e a Dilma.

Por Júlia Dias Carneiro
Atualização:

Do resgate dos mineiros chilenos aos conflitos no Oriente Médio, passando pelo sucesso do filme Cisne Negro e pela eleição da primeira mulher presidente do Brasil, os principais temas do noticiário viraram fantasias nos blocos de rua da cidade do Rio de Janeiro. No bloco Boi Tolo, no Centro, a máscara da presidente Dilma Rousseff desfilava logo atrás da do criador do WikiLeaks, Julian Assange. A foliã com a máscara da presidente causou alvoroço, com a multidão puxando o coro: "Dilma!, Dilma!", e agradeceu com acenos e um sorriso constante. No Sassaricando, um grupo de amigos fazia sucesso como opositores do regime da Líbia, empunhando o cartaz "Fora Khadafi!". "A gente queria fazer uma fantasia provocativa, e, nesse momento em que o Khadafi 'cai, não cai', quisemos botar lenha na fogueira e sair como ativistas", disse a antropóloga Cecília Mello. "Também foi uma espécie de homenagem às mulheres do mundo árabe que também estão pintando o rosto e lutando pela democracia. Isso foi o que mais me mobilizou", contou. No Centrão Vai Virar Mar, a jornalista Luciana Paschoal e uma amiga estavam de mineiras chilenas, lembrando a saga dos operários que ficaram presos por mais de dois meses em uma mina no Chile. "Todo mundo acompanhou as notícias daquele resgate. Era algo recente e achamos que seria divertido. Além disso, só precisamos do colete e do capacete, então é tranquilo de usar no calor do Rio", destacou. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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