29 de julho de 2013 | 10h25
Rosenblit, modestamente, se define como um músico a serviço dos diretores da TV, mas seu disco Mata Atlântica é um trabalho autônomo, trazendo quase todas as faixas assinadas por ele (as exceções ficam por conta de Guanabara, que traz como parceiro Paulinho Tapajós, e Navegante, música de Fernando Leporace e Alexandre Lemos).
Entre as composições mais antigas estão Uma Valsa, de 1984, em que se destaca o solo de violoncelo de Jacques Morelenbaum, e Jobiniana, concebida na mesma época, que, como sugere o título, é uma homenagem ao maestro e compositor carioca Antonio Carlos Jobim (1927-1994), ídolo do músico.
Em comum com Jobim, Rosenblit tem não apenas um acento bossa-novista, mas o amor pela natureza. A exemplo do autor de Águas de Março, ele busca uma correspondência entre a escala cromática da natureza e a musical. Imagem, para ele, é invariavelmente o ponto de partida de suas composições. "Em certa medida, Mata Atlântica é um disco muito carioca, evocando a fauna e a flora da floresta." Música como mera abstração, justifica Rosenblit, "não funciona muito bem".
ALBERTO ROSENBLIT - ?Mata Atlântica? - Som Livre. R$ 27,90
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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