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Filme pode ajudar na identificação de acervos

Historiador conta que, após estreia de 'Caçadores de Obras-Primas', tem sido procurado por famílias

Por Cláudia Trevisan
Atualização:

Desde o lançamento mundial do filme dirigido e estrelado por George Clooney, há duas semanas, o escritor Robert Edsel recebeu milhares de telefonemas e e-mails das mais diversas partes do mundo com informações sobre o provável paradeiro de objetos roubados.

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Parte dos objetos pilhados foram levados pelo Exército Vermelho para a ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que os tratava como "compensação" pelos danos de guerra infligidos pela Alemanha nazista. Em 1956, Moscou devolveu 2 milhões de itens, mas ainda mantém milhares em seu poder.

Outras obras terminaram em museus europeus, sem identificação de sua procedência. Muitos desses objetos começaram a ser devolvidos depois da aprovação dos Princípios de Washington, em 1998, que estabeleceu regras internacionais para a restituição da arte apropriada pelos nazistas.

Em 2011, o museu de Salzburg, na Áustria, entregou a George Jorisch um quadro pintado por Gustav Klimt em 1915 e avaliado em pelo menos US$ 44 milhões.

No ano passado, a imprensa alemã divulgou a descoberta de 1.379 pinturas no apartamento de Cornelius Gurlitt, 81, filho de um colecionador que negociava arte considerada “degenerada”, segundo os nazistas. Essas obras não entravam na Alemanha durante a guerra e muitas eram mantidas no museu Jeu de Pomme, em Paris.

Entre os itens localizados na casa de Gurlitt, havia obras-primas de Henri Matisse, Marc Chagall, Paul Klee, Edvard Munch e Pablo Picasso. Segundo a revista Focus, pelo menos 200 obras foram roubadas pelos nazistas de famílias judaicas.

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