Filme francês completa 3 anos em cartaz em São Paulo

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Por AE
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O filme "Medos Privados em Lugares Públicos", do cineasta francês Alain Resnais, realiza hoje um feito cinematográfico: estar em exibição há três anos ininterruptos. Nos últimos 25 anos - quando esse levantamento começou a ser feito -, nenhum longa ficou tanto tempo em cartaz em São Paulo. O longo período de exibição garantiu à produção mais de 90 mil espectadores.A prolongada permanência do longa-metragem na grade de cinema é responsabilidade da equipe do Belas Artes, complexo que exibe a produção na Sala Carmen Miranda, diariamente, às 14h40. Léo Mendes, assistente de programação do cinema, explica que o sucesso inicial garantiu a vida longa da fita. "O tempo passou e o filme foi ficando em cartaz. Quando estava para completar um ano, resolvemos deixar mais um pouco. Percebemos que ainda havia público interessado",conta Mendes. "Hoje, o filme recebe o mesmo número de espectadores que um lançamento em exibição no mesmo horário", afirma ele.Se a comemoração dos dois primeiros anos serviram de publicidade, o novo aniversário deve atrair novos curiosos. "Não temos previsão para tirar Medos Privados em Lugares Públicos da programação do cinema. O filme já virou uma espécie de mito", diz. Na tela, a obra de Alain Resnais acompanha a trajetória de seis personagens que têm sérios problemas de se relacionar. Apesar das dificuldades de comunicação, todos estão em busca do amor.O cenário do longa-metragem é a cidade de Paris, que aparece coberta de neve.Um dos grandes expoentes da nouvelle vague, Resnais, autor de "Hiroshima, Meu Amor" e "O Ano Passado em Marienbad", estreou duas outras produções no período. "Beijo na boca, Não", que chegou por aqui no início de 2009, e "Ervas Daninhas", que entrou em cartaz em janeiro deste ano. Apesar dos dois filmes não terem despertado a mesma atenção do público, foram responsáveis por trazer mais amantes do mestre francês para uma sessão dobrada."Não precisa ser fã de Resnais para gostar de Medos Privados.... É um filme que faz pensar na vida, nos encontros e desencontros", afirma o engenheiro Eduardo Smith, 60 anos, que assistiu à produção no último domingo. As informações são do Jornal da Tarde.

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