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Filial brasileira do Bolshoi movimenta Joinville

Por Agencia Estado
Atualização:

A Escola Bolshoi é o endereço do primeiro mundo em Joinville. Ela funciona anexada ao Centreventos Cau Hansen mas sofreu uma reforma e uma modernização tal que nem parece o mesmo edifício. Principalmente pela organização à moda russa de controle extremo da portaria. As visitas só podem ser feitas em grupos e são guiadas. Mas há também um aspecto informal dos alunos reunidos por ali em grupos, assistindo vídeos de dança ou lanchando na cantina ao lado. A escola, que tem 181 alunos, foi inaugurada em março. A de Moscou tem 227 anos de existência. Foi fundada em 1773. Ganhou destaque ímpar no mundo da dança. Projetou bailarinos como Maya Plissetskaia, Yuri Grigorovich e Vladimir Vasiliev, que hoje é o diretor da escola. Seus primeiros alunos foram crianças carentes, daí a exigência do Bolshoi que se faça o mesmo por aqui. Assim, dos 181 alunos atuais, 103 são bolsistas e 78 são alunos particulares que pagam R$ 300 por mês. O Bolshoi de Joinville poderá vir a ter no máximo 300 alunos, mas sempre deverá reservar no mínimo 30% das vagas para crianças carentes. A escola oferece um curso de formação que dura oito anos e um de aperfeiçoamento com duração de dois anos. Neste, um total de 46 alunos são provenientes de outras cidades como Brasília, Belo Horizonte, Aracajú, Goiânia, Porto Alegre, São Paulo. Todos aprendem história do balé, do teatro, das artes plásticas, dança clássica, folclórica, moderna, inglês. E talvez o maior diferencial é que as crianças estudam música para valer. "É um impacto social. A rede municipal de Joinville tem 60 mil crianças. A Jô (Jô Braska Negrão, diretora do Bolshoi em Joinville) fez um trabalho em 22 mil dessas crianças para chegar nesse número que estuda de graça. Isso mexe com toda a cidade. A criança vira o Joãozinho do Bolshoi e repassa para a família e para a comunidade o nível de informação que recebe, abrindo um mundo novo para eles. O professor russo às vezes pensa que está lidando com crianças russas. O balé lá é como o futebol aqui. Toda criança russa conhece o nome dos bailarinos e coreógrafos de cor e de coreografias consagradas como Giselle", explica João.

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