
11 de julho de 2013 | 09h13
São Paulo homenageia Guido Araújo, criador da Jornada Internacional de Cinema da Bahia, exibindo três filmes que ele dirigiu. E dá carta branca aos críticos José Carlos Avellar, do Brasil, e Manuel Martinez Carril, do Uruguai, que selecionaram 11 obras definidoras da identidade latina no cinema. Dois são filmes brasileiros, Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, com a excepcional trilha de Sérgio Ricardo (?Te entrega, Corisco/Eu não entrego não...?), e Terra Estrangeira, de Walter Salles e Daniela Thomas. Os demais incluem filmes do Chile (Nostalgia da Luz, de Patrício Guzmán), do México (Cobrador, de Paul Leduc) e da Argentina (Tangos, O Exílio de Gardel, de Fernando Solanas), entre outros títulos e países.
É a oitava edição do Festlatino e o evento ocorre no Memorial da América Latina, Cinesesc, Cinemateca Brasileira, Cinusp Paulo Emílio e Cinusp Maria Antônia, com entrada franca. A curadoria é de Francisco César Filho, o Chiquinho, de Jurandir Müller e do cineasta João Batista de Andrade, que selecionaram um total de 90 filmes, incluindo os da mostra competitiva Escolas, feitos por estudantes de escolas de cinema do Brasil e também do México, Argentina, Uruguai, Cuba e Equador.
Chiquinho destaca a grande (r)evolução desses oito anos - "O Festlatino está cada vez mais sintonizado com a produção jovem e nova da América Latina. O que há de melhor passa aqui". A grande questão que o cinema da América Latina, como um todo, propõe para o espectador brasileiro se refere aos que nos une, e o que nos separa. A origem ibero-americana da colonização da região levou a uma diferença de língua, e só o Brasil, colonizado por Portugal, fala o português. O restante do continente foi colonizado pelos espanhóis e fala essa língua, mas não é um espanhol único nem castiço. Existem diferenças regionais tão fortes que o espanhol do Chile também difere do da Argentina, do Peru, da Bolívia, da Colômbia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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