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Festival em Ouro Preto discute 50 anos de história

Evento começa com exibição de <i>Rio 40 Graus</i>, de Nelson Pereira dos Santos

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Por Redação
Atualização:

Raquel Hallak integra o grupo da empresa mineira Universo Produções que há mais de dez anos realiza o Festival de Tiradentes. Desde o ano passado, ela organiza também outro importante evento cinematográfico no interior de Minas, a Cine OP - Mostra de Ouro Preto, que se destaca por ser um espaço de discussão da história, memória e preservação do cinema brasileiro. Até por haver sido a própria Ouro Preto declarada patrimônio histórico da humanidade pela Unesco, a mostra que abriga visa a lançar um olhar crítico e reflexivo sobre a história do cinema do País, sem perder de vista sua produção atual. O foco da discussão deste ano estará no cinema dos anos 50, com uma homenagem a Nelson Pereira dos Santos que começa na noite desta sexta-feira, 15, com a exibição, no Cine Vila Rica, do clássico Rio 40 Graus, que o diretor realizou em 1955. O filme relaciona a vida de cinco excluídos num domingo calorento, no Rio. Os casos não são isolados, mas buscam refletir a realidade social da época. Durante décadas, Nelson e Rio 40 Graus foram considerados precursores do Cinema Novo, mas agora é o próprio diretor a dizer que não, o que será objeto de discussão, com certeza, na mesa que vai debater o cinema da década de 50, na tarde de sábado. A 2.ª Cine OP não pretende se voltar só para o passado, fazendo a arqueologia do cinema brasileiro. A programação contempla nove longas contemporâneos, incluindo Cão sem Dono, de Beto Brant e Renato Ciasca, que estréia nesta sexta em São Paulo e no sábado será exibido para os ouro-pretenses. A programação completa encontra-se no site.

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